Bancários de São Paulo param Super do BB contra pressões após greve

Protesto em São Paulo paralisou áreas estratégicas do BB

A luta dos bancários contra as represálias aos grevistas no Banco do Brasil continua. Na manhã de segunda 28, a mobilização deu mais uma demonstração de força. Das 6h às 12h, o prédio da Superintendência, na Avenida Paulista, ficou totalmente paralisado.

No local estão lotados cerca de 400 trabalhadores de áreas estratégicas, como a diretoria de distribuição, que coordena todas as agências de varejo da capital e as diretorias comercial e internacional, além de duas agências. Também ficam lotados lá aproximadamente 400 terceirizados.

Os funcionários do BB que fizeram greve têm registrado denúncias de pressão e assédio moral para que cancelem as férias programadas até 15 de dezembro – data limite para a compensação dos dias parados. Há denúncias de bancários que tiveram as férias e folgas abonadas canceladas de forma unilateral.

“Quando paramos aqui, Brasília já fica sabendo imediatamente. E é isso que queremos: chamar a atenção da diretoria do banco, principalmente do conselho diretor, que soltou uma nota exigindo que os grevistas cumpram o ressarcimento das horas da greve. E passaram a cobrar cancelamento de férias e de faltas abonadas. Há muita pressão dos diretores sobre aqueles que fizeram a greve para melhorar o salário de todos, inclusive desses que agora promovem retaliações. Nós vamos cumprir o acordo de reposição dos dias parados, mas não do jeito que o banco quer, com essas arbitrariedades”, afirma Claudio Luis de Souza, diretor do Sindicato.

Para William Mendes de Oliveira, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, para que acabem os conflitos é preciso partir da direção do banco ordens para os administradores mudarem de atitude: “Os funcionários do BB querem voltar à vida cotidiana após a campanha, porém a ordem da direção vai no sentido contrário. Continuamos tendo problemas por causa de orientações de cancelamentos de férias, assédio moral e excessos no pedido da compensação das horas da greve” afirma.

Esse foi o segundo ato em menos de uma semana. Na quinta-feira 24, os bancários paralisaram o Complexo São João e o Cenop Imobiliário, na Rua 15 de novembro, durante toda a manhã.

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