Manifestações vão continuar até que o banco cesse a dispensa de bancários
Uma das principais concentrações do HSBC, o Centro Administrativo São Paulo (Casp), na zona oeste de São Paulo, teve as atividades paralisadas nesta sexta 7. O protesto foi uma resposta à medida da direção banco inglês de demitir diversos trabalhadores em todo o país.
“O Casp não abriu hoje e as paralisações vão continuar até que o HSBC pare com as demissões”, avisou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, durante a mobilização.
O Casp abriga cerca de 1,2 mil funcionários, destes 15 foram dispensados na quinta 6, outros 45 nesta sexta e há boatos de listas de dispensa.
“A adesão foi total, pois os trabalhadores sentiram a necessidade de lutar pelo seu bem maior que é o emprego. Ficamos no local por mais de dez horas, até o último turno de trabalho e ninguém quis entrar. Ou seja, eles perceberam ser preciso se mobilizar”, disse o dirigente sindical Paulo Sobrinho.
“As pessoas ficaram com medo de entrar e saber que estão desempregadas. É um absurdo o que o banco fez. O número de bancários já é insuficiente para dar conta da demanda. Como é possível reduzir ainda mais o quadro?”, questionou.
O Sindicato recebeu denúncia de demissões também no CAM (Centro Administrativo Morumbi), localizado na zona sul de São Paulo. “Hoje soube por um amigo que quatro pessoas de uma equipe de dez foram demitidas. Uma outra área no mesmo andar também teve demissões”, afirmou um trabalhador, cuja identidade será preservada.
Caso tenha ocorrido demissões desde o início de novembro em seus locais de trabalho, denuncie pelo 3188-5200. O sigilo aos denunciantes é garantido.
O protesto também atingiu, ainda, diversos estabelecimentos do banco inglês na região do ABC paulista.
Matriz parada
Em Curitiba, os centros administrativos Palácio Avenida (matriz do banco), Vila Hauer, Xaxim e Kennedy e também as agências André de Barros, Brasílio Itiberê, Ceasa, Hauer, João Negrão, Juvevê, Marechal Deodoro, Mercês e Orleans amanheceram fechados. Apenas na capital paranaense ocorreram cerca de 100 demissões.
No interior do Paraná, os bancários fecharam agências em Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Paranavaí, Marechal Cândido Rondon, Umuarama, Cruzeiro do Oeste e Douradina. Na região, a Fetec-CUT-PR apurou a demissão de seis bancários.