O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região foi na quinta-feira, dia 31, para a porta da regional leste a fim de denunciar o assédio moral promovido pelo geren da área, Deolindo Baptista de Camargo. Os representantes dos bancários foram ainda diretamente ao gestor e exigiram que ele mude de comportamento.
“Enquanto a direção da Nossa Caixa se negar a rever seu formato geral de gestão através de uma negociação que pedimos em outubro do ano passado, iremos pressionar localmente os agressores, sempre que houver necessidade e em qualquer lugar”, diz Tânia Balbino, diretora do Sindicato e funcionária da Nossa Caixa. No dia 19 de outubro, uma minuta reivindicando, dentre outras coisas, o fim do assédio moral foi entregue ao banco, que se comprometeu a chamar para negociação. “Até agora, não deram retorno.”
Deolindo admitiu que pode ter se excedido ao dizer que, se praticou o assédio moral, foi de forma inconsciente e garantiu que vai rever sua maneira de se dirigir à equipe.
Eficiência – Tânia lembrou ainda que o assédio moral, além de crime, é uma maneira ineficaz de obter melhores resultados. “Pelo contrário, é a motivação, o respaldo e o incentivo do líder que tira da equipe os melhores resultados.” A diretora lembrou ainda que os maus resultados da Nossa Caixa não são culpa dos trabalhadores.
“O governador vem sangrando a Nossa Caixa há algum tempo e é por isso que ela está com problemas financeiros. Mas não é justo que agora o trabalhador seja pressionado até mais do que o limite para cobrir um rombo que não foi feito por ele. Queremos manter o banco, mas não vamos morrer por ele.”
A orientação para os bancários que sofrem com este tipo de problema segue a mesma: denuncie! Guarde qualquer documento, mensagem, bilhete ou e-mail que tenha alguma insinuação de assédio moral ou pressão por metas.
“Grave, se for possível. Assim, unidos, combateremos esse mal que adoece cada vez mais a categoria”, finaliza Tânia Balbino.