Bancários de São Paulo decidem: vai ter greve a partir de terça que vem

Trabalhadores aprovaram por unanimidade greve por tempo indeterminado

Os bancários vão parar. A federação dos bancos (Fenaban) tem até a segunda-feira 17 para apresentar ao Comando Nacional dos Bancários proposta que contemple aumento real, PLR, vales refeição e alimentação maiores e valorização nos pisos. Caso contrário, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir da terça 18.

Essa decisão foi tomada, por unanimidade, por cerca de mil trabalhadores de instituições financeiras públicas e privadas que participaram da assembleia realizada na noite desta quarta-feira 12, na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“Insistimos em resolver a Campanha na mesa de negociação, no entanto, não houve o mesmo empenho das instituições financeiras. Agora o tempo dos bancos está se esgotando e, caso não seja apresentada proposta que valorize de fato os trabalhadores, a categoria vai entrar em greve em todo o país a partir do dia 18”, disse a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

A dirigente sindical destaca que, enquanto tentam economizar com os bancários, os bancos gastam milhões com os executivos. A remuneração média dos integrantes do alto escalão das instituições financeiras aumentou 9,7% neste ano.

“Cada diretor do Itaú ganhará, em média R$ 8 milhões neste ano, do Santander R$ 6 milhões, no Bradesco R$ 4 milhões e no Banco do Brasil R$ 1 milhão. Os acionistas também foram beneficiados, pois a participação na riqueza gerada, por meio de dividendos e lucros reinvestidos que era de 25,6% entre 2000 e 2005 subiu para 40% entre 2006 e 2011. Se os bancos valorizam essas pessoas, os bancários, que são os principais responsáveis pelos desempenhos das instituições financeiras, exigem tratamento igual”, afirma Juvandia.

A assembleia também aprovou o calendário proposto pelo Comando Nacional dos Bancários que estabelece que haverá nova assembleia na segunda-feira 17, na Quadra, para organizar a paralisação a partir da terça 18.

Dentro da lei

O Sindicato cumpriu todas as exigências da Lei de Greve. “Por isso, a greve começará no dia 18. Não queremos que nosso movimento legítimo seja contestado pela Justiça”, explica a dirigente, lembrando que nesse período a população está sendo comunicada e reuniões estão sendo feitas nos locais de trabalho. “As greves fortes e vitoriosas de outros anos foram construídas assim, com a população ao nosso lado e a categoria unida e mobilizada.”

BB e Caixa

As direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal marcaram negociações específicas para esta sexta 14.

Durante a assembleia, os trabalhadores da CABB entregaram um abaixo assinado pela gratificação de 55%. A reivindicação já é parte das negociações específicas com o BB, assim como a redução da trava e a unificação de direitos. “É muito importante a mobilização dos trabalhadores ao lado do Sindicato”, completa Juvandia.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram