Bancários de Salvador ampliam greve nacional no terceiro dia

A maioria das agências de Salvador amanheceu, mais uma vez, de portas fechadas nesta sexta-feira (01/10). Os cartazes afixados nas fachadas indicam que a greve não tem dia para acabar. A paralisação é uma resposta à Fenaban, que mantém o desrespeito à categoria e até o momento não manifestou nenhum interesse em negociar um acordo decente.

A cada dia, o movimento ganha mais força e, na capital baiana, das 57 agências do Banco do Brasil, 55 ficaram fechadas. A situação na Caixa é a mesma. Os bancários paralisaram as atividades em 35 unidades.

Mesmo com toda pressão e assédio, sofridos pelos empregados, as instituições privadas também seguem fechadas. Na sexta-feira, 33 agências localizadas entre o Comércio, Barra, Iguatemi, Itapuã e avenida Sete de Setembro, permaneceram lacradas.

A situação vai continuar assim enquanto a Fenaban oferecer migalhas aos funcionários. Até o momento, foi apresentado 4,29% de reajuste, ou seja, apenas a reposição da inflação. No entanto, os banqueiros continuam a encher o cofre. No primeiro semestre, tiraram nada menos do que R$ 24,7 bilhões da cartola mágica.

“A economia brasileira nunca esteve tão boa. O crescimento deve ultrapassar os 7% neste ano. Outras categorias têm conquistado reajustes históricos como os petroleiros que garantiram 10% de reajuste. Não tem justificativa para o setor que mais lucra, negar aumento real aos trabalhadores”, explica o presidente do Sindicato da Bahia, Euclides Fagundes.

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