Unidade e mobilização contra proposta de abertura de capital do banco
Os empregados das agências da Caixa Econômica Federal, em Rondônia, promoveram, na manhã desta sexta-feira (27), diversas atividades como forma de defender a continuidade do banco como instituição 100% pública.
Reuniões entre os colegas dentro e fora das agências, inclusão de postagens individuais e coletivas nas mídias sociais (Facebook, Twitter e WhatsApp), manifestos públicos e até ‘selfies’ mostrando os cartazes e camisetas da campanha em nível nacional são alguns exemplos das iniciativas executadas pelos bancários que lutam contra a abertura do capital social do principal banco público do país.
Todas essas ações fazem parte do Dia Nacional de Luta em defesa da Caixa 100% pública, promovido pela Contraf-CUT, federações, sindicatos, Fenae e associações, que fizeram protestos, atos ou até retardaram a abertura de unidades, com o objetivo de ganhar o apoio da sociedade brasileira e barrar qualquer tentativa de abertura de capital do banco.
Em Porto Velho, a manifestação aconteceu das 8h30 às 9h, na frente da agência Madeira-Mamoré, com utilização de carro de som, faixas, cartazes e panfletos e que contou com a participação de todos os empregados da maior agência do banco no Estado, que comporta vários departamentos e a própria Superintendência Regional da Caixa.
“O que devemos estar cientes, neste momento, é que não estamos aqui lutando por nós, bancários da Caixa, não estamos reivindicando melhores salários ou benefícios. Estamos aqui para defender a Caixa, o banco que tem fundamental importância para todo o país e sua população. Defender a Caixa 100% pública é, sobretudo, exercer o nosso direito de cidadão brasileiro, lutando por uma instituição que tem uma história de 154 anos a favor de nós todos”, disse Maurício Toledo, presidente da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef) de Rondônia.
“A Caixa é um patrimônio do povo brasileiro e não pode ter seu capital aberto para o capital privado, pois isso interessa apenas ao setor privado. A sociedade tem que estar ciente da importância da Caixa para o país, principalmente na execução de políticas públicas e sociais. Portanto, pode a vaca tossir, o boi voar, o cachorro miar, o gato latir e o jacaré dançar balé, que vamos continuar mobilizados para não permitir o retrocesso para o Brasil”, destacou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
O diretor de formação sindical do Sindicato, Cleiton dos Santos, explicou que a Caixa é, de fato, o verdadeiro banco do povo brasileiro, pois responde, principalmente, pelo financiamento e execução de diversos serviços sociais, a exemplo do FGTS, seguro-desemprego, Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família.
“É por isso mesmo que não apenas os bancários, mas todos os trabalhadores de qualquer atividade profissional, todos os brasileiros, empregados ou não, devem lutar pela defesa da Caixa 100% pública, pois a Caixa não pode pertencer à iniciativa privada, mas a Caixa deve continuar pertencendo ao povo. Essa é uma luta de todos nós brasileiros”, destacou.
Agenda
O Dia Nacional de Luta faz parte de uma série de ações que o movimento sindical e associativo tem realizado em todo o país para mobilizar os empregados e a sociedade contra qualquer tentativa de abertura de capital do banco.
Na quarta-feira (25), a Contraf-CUT, a Fenae e a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) realizaram um ato em defesa do banco na Câmara, com a participação de centrais sindicais e parlamentares. Foi criado um comitê em defesa da manutenção da Caixa 100% pública.
A ideia é unificar e fortalecer as ações contra a proposta de abertura de capital do banco.
