Bancários de Rondônia fecham mais agências no 13º dia de greve

A greve dos bancários completou na terça-feira, 1º de outubro, o 13º dia desde sua deflagração. De acordo com a Contraf-CUT, o número de agências de bancos públicos e privados e centros administrativos fechados chegou a 10.822 em todo o país até segunda-feira.

Em Rondônia, o número de agências fechadas aumentou para 106, já que a unidade do Itaú inaugurada ainda ontem, bem ao lado da sede do Sindicato dos Bancários de Rondônia (Seeb-RO), no Centro de Porto Velho, foi fechada e os funcionários estão de braços cruzados.

Os bancários continuam esperando uma resposta da federação dos bancos (Fenaban) que recebeu do Comando Nacional dos Bancários um documento para que as negociações sejam retomadas. Mas, até o momento, não houve nenhuma manifestação dos bancos.

“A greve dos bancários começou no dia 19 de setembro e, passado todo esse tempo, a população começa a sentir os transtornos da paralisação que é culpa exclusiva dos banqueiros que não se manifestam para sequer uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT”, afirma José Pinheiro, presidente do Seeb-RO.

A única proposta feita pelos bancos, em 5 de setembro, foi de reajustar salários, piso e vales refeição e alimentação em 6,1%, sem aumento real. O índice foi rejeitado em assembleias realizadas em todo o país, que aprovaram o início da greve.

Bancos privados na luta

O presidente do Sindicato, José Pinheiro, disso que a greve em Rondônia continua crescendo e que, mesmo que o número de agências fechadas não seja universal (mas que ultrapassa o índice de 80%), o número de funcionários que aderem ao movimento cresce a cada dia.

“O destaque deste ano é que os empregados dos bancos privados, aqueles que correm risco de retaliações por parte dos bancos, são os que mais estão ativos neste movimento. Um bom exemplo disso são os empregados do Santander, que em Porto Velho, cruzaram os braços mesmo. Um índice de praticamente 100% de adesão. É um fato a ser comemorado porque até quem corre o risco de perder o emprego por aderir à greve está aí, na frente das agências ou nas áreas de concentração”, conclui Pinheiro, anunciando que os funcionários da agência da avenida Nações Unidas da Caixa, após reunião com o Sindicato, resolveram sair da agência e fortalecer a luta.

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