Bancários de Rondônia em defesa dos bancos públicos na agência principal do Banco do Brasil

Os bancárioss de Rondônia voltaram a realizar ato em defesa dos bancos públicos, na manhã desta quarta-feira (27). Desta vez, o palco foi a agência principal do Banco do Brasil situada no Centro da capital Porto Velho. Novamente houve distribuição de cartilha que mostra as verdades sobre a importância de bancos como o Banco do Brasil, a Caixa, Banco da Amazônia, e BNDES para a sociedade brasileira, e as mentiras contadas pela grande mídia e pelos grandes poderosos interessados na extinção dos bancos públicos que são responsáveis pelo desenvolvimento social da nação.

O presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), José Pinheiro, em discurso aos clientes, usuários e populares, destacou que sem os bancos públicos toda a sociedade será castigada com a extinção dos programas de desenvolvimento social, como o FIES (Financiamento Estudantil), Minha Casa Minha Vida (habitação), Pronaf (Agricultura Familiar), além do fim do financiamento de muitas obras de infraestrutura para o país e para fora dele – que gera milhões de empregos aos brasileiros.

"Precisamos dos bancos públicos pois são responsáveis diretos pela infraestrutura de estradas, aeroportos e tantos outros benefícios para a sociedade, como os programas sociais Agricultura Familiar – que responde por 70% dos alimentos que consumimos – e do Financiamento Estudantil, que assegura a milhares de pessoas a chance de acesso ao ensino superior nas faculdades particulares. E essa política de desmonte deste governo, se tiver êxito com o fim dos bancos públicos, vai castigar a toda a população, promovendo um atendimento bancário ainda mais precarizado. Aqui em Rondônia, por exemplo, temos 52 municípios, e destes, pouco mais de 30 tem agência bancária, e são agências de bancos públicos. Portanto, caso haja a extinção dos bancos públicos a maior parte do Estado ficará sem atendimento bancário, já que tudo seria absorvido pelos três bancos privados existentes aqui e que não estão presentes na maioria destes municípios. Seria um caos ainda maior para quem precisa dos serviços bancários", menciona o dirigente.

Pinheiro explicou que essa política neo-liberal de privatização das empresas públicas deste governo se confirma principalmente nos bancos públicos, que tem liderado a tendência dos famigerados Programas de Demissão Voluntária (PDV) que promovem o fechamento de postos de trabalho e o fechamento de agências.

"Para se ter uma idéia das más intenções deste governo – que atende aos interesses dos bancos privados e de grupos estrangeiros – em acabar com os bancos públicos, só neste ano o Banco do Brasil fechou mais de 800 agências e fechou 10 mil postos de trabalho com seu programa de demissão voluntária. Já na Caixa a projeção de fechamento é de mais de 120 agências no país e o PDVE já atingiu 5 mil postos de trabalho e ainda continua aberto. O PDV do Banco da Amazônia, por sua vez, já está a caminho. Este  governo quer deixar a economia do Brasil sob a responsabilidade do capital privado e isso não é o que quer a população brasileira, principalmente os trabalhadores e famílias que necessitam dos programas sociais executados e gerenciados pelos bancos públicos", acrescentou Pinheiro, que convocou todos os bancários a participarem dos atos públicos. "Os trabalhadores dos bancos públicos precisam estar conscientes de que é o seu emprego que está em risco, de que eles podem ser atingidos com essas medidas a qualquer momento, como está sendo confirmado com a reestruturação do próprio Banco do Brasil, que fechou agências e acabou com a carreira e a esperança de muitos bancários em todos os Estados", enfatizou, conclamando ainda toda a população a sair em defesa dos bancos públicos pelo bem do país.

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