O Dia Nacional de Luta por valorização e defesa dos direitos dos empregados da Caixa foi realizado em Porto Alegre na tarde desta terça-feira (15). A atividade, que se iniciou às 13h em frente ao Edifício Sede Querência (rua dos Andradas, 1.000) foi realizado com o objetivo de dar visibilidade ao desmonte que o governo Temer vem promovendo ao banco público, com retirada de direitos e uma reestruturação que precariza as políticas públicas.
Durante o ato, o SindBancários lançou uma campanha de valorização do banco público. A ideia é mostrar que a reestruturação da Caixa retira direitos dos clientes e das pessoas que mais precisam de políticas públicas. Os cortes no orçamento do governo federal incidem diretamente sobre a promoção de financiamento para a casa própria, na educação e até mesmo dificultam o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. As peças publicitárias e a defesa da Caixa fazem parte de uma campanha nacional que o SindBancários ressignifica sob o conceito “Vem pra luta defender os bancos públicos” e começaram a circular na redes sociais na terça-feira, 15/8.
A diretora de Formação do SindBancários e empregada da Caixa, Virginia Faria, explicou que as peças publicitárias procuram valorizar a importância dos empregados na execução das políticas públicas e do próprio banco. “A reestruturação sem nenhuma transparência e os sucessivos PDVs têm reduzido a qualidade do serviço de atendimento nas agências. O governo federal quer, com isso, que os clientes pensem que a Caixa não funciona e que o melhor é privatizar. Os efeitos dessas decisões são sobrecarga de trabalho para os empregados e adoecimento”, disse Virginia.
Dia Nacional de Luta
Neste dia 15/8, empregados da Caixa Econômica Federal de todo o país se mobilizaram no Dia Nacional de Luta por valorização e respeito aos seus direitos. O objetivo foi o cobrar da direção da empresa a suspensão das medidas em curso, que são prejudiciais aos trabalhadores e que precarizam o atendimento à população e o papel social do banco.
Reunião da mesa permanente
No dia em que os empregados se mobilizam com atos em todo o país, transformando-o em um Dia Nacional de Luta por valorização e defesa dos direitos, os membros da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) se reuniram com a direção do banco para um rodada de negociação da mesa permanente para reafirmar o posicionamento da categoria contra a reestruturação e a ampliação do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), em defesa da revogação do RH 037, que abre espaço para a contratação de bancários temporários, pela contratação de mais empregados e em defesa da Caixa 100% pública.
Mobilização nas redes
A mobilização foi definida pela CEE/Caixa, que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores (Contraf-CUT) nas negociações com o banco. Para ajudar na mobilização, Contraf e Fenae produziram uma carta aberta que será distribuída aos empregados e à população. A orientação é para que federações e sindicatos reproduzam o material.
Outra recomendação é que fotos e relatos das atividades nos estados sejam postados nas redes sociais (utilizando a hashtag #caixarespeiteoempregado).
O documento destaca que a mobilização visa cobrar do governo Temer e da direção da Caixa mais respeito à população e aos empregados. “Nossas manifestações visam alertar os brasileiros para o processo de desmonte ao qual está sendo submetida a Caixa, uma instituição financeira centenária que tem contribuído para o desenvolvimento do país, por meio de programas de geração de emprego e renda, financiamento habitacional, incentivo ao turismo, redução da desigualdade regional, dentre outras”, relata a Carta Aberta à População.
A mobilização da categoria acontece em um momento que a Caixa está sendo atacada, visando o desmonte do banco público. “Não vamos admitir retrocessos e prejuízos aos trabalhadores. É fundamental que eles que se sintam prejudicados procurem seus sindicatos e repassem os problemas que estão ocorrendo. O momento é de intensificar a nossa luta”, ressalta Fabiana Uehara, representante da Contraf-CUT na CEE/Caixa.
Precarização
A Caixa, que já chegou a ter 101 mil empregados em 2014, poderá ficar com menos de 90 mil, após a reabertura do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), em 20 de julho. Além da redução do quadro de pessoal, que gera sobrecarga de trabalho e adoecimento, a direção do banco está impondo, de forma unilateral, uma reestruturação e ampliação do GDP, que mexe com postos de trabalho e atinge os direitos dos trabalhadores.
“Essas medidas são contrárias à importância do banco para o país e caminham na contramão da necessidade de fortalecer a empresa e assegurar melhorias nas condições de trabalho. É contra isso que entidades e empregados vão lutar sempre”, destaca o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
#CaixaRespeiteoEmpregado