Os bancários de Porto Alegre integraram o Dia Nacional de Luta pela jornada legal de seis horas no BB e fizeram ato público nesta quarta (7), em frente ao prédio da instituição na rua Uruguai. Durante a manifestação, motivada pela negativa dos diretores do banco em discutir a jornada de seis horas, os funcionários do banco pediram respeito a esse direito histórico da categoria.
“O que a Legislação trabalhista diz? E o que o banco faz?”, questionou a funcionária do banco e diretora do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Cristiana Barbinatto. “Pela Lei, temos que trabalhar seis horas, entretanto o banco faz com que trabalhemos oito horas. O Sindicato já ingressou com diversas ações na Justiça para garantir esse direito. Em duas, a Justiça, na primeira instância, já deu ganho de causa aos bancários. Gostaríamos de aproveitar este momento para convidar os colegas a conversarem com a gente para aumentarmos ainda mais esse número”, afirmou Cristiana.
Enquanto a direção do BB admite que possui um estudo pronto sobre o assunto, se negaram a apresentar uma proposta concreta ou negociar o tema na mesa de negociações que ocorreu na quinta, dia 1º de março.
“O BB não pode continuar descumprimento a legislação e sonegando o direito dos trabalhadores à jornada de seis horas. Isso causa sobrecarga de trabalho, desqualifica o atendimento e acaba levando os funcionários ao adoecimento físico e mental. Esta política equivocada de gestão diminui o número de postos de trabalho, causando prejuízo à sociedade”, observou o diretor da Fetrafi-RS e funcionário do banco, Ronaldo Zeni.
“Estamos mais uma vez aqui, em frente a esse prédio, e não porque gostaríamos, mas porque o BB não respeita nossos direitos. A exploração começa dentro do banco, com os funcionários, e se estende à população, que paga taxas e juros abusivos. O BB finge não perceber que responsabilidade social começa dentro de casa, dando condições de trabalho dignas aos trabalhadores e cumprindo o que manda a Legislação”, analisou do diretor do SindBancários e funcionário do BB, Pedro Loss.
O diretor da Fetrafi-RS e funcionário do BB, Mauro Cardenas, afirma que não é compreensivo que a instituição não cumpra esse direito dos bancários, conquistado há mais de 50 anos. “E estamos falando de um banco público, que deveria dar exemplo”, complementou.
Já a diretora de Saúde e Condições de Trabalho do SindBancários e funcionária da instituição, Karen D’Avilla, informou que o BB deve duas horas extras para vários de seus trabalhadores, todos os dias.