“A Caixa é do Brasil” foi o lema do Dia Nacional de Luta (15) em defesa do banco 100% público. No Recife (PE), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou um ato público contra a privatização do patrimônio do povo brasileiro, em frente à agência Caixa – Guararapes, que contou com a presença de dirigentes e empregados da Caixa.
Vestidos de preto, os participantes protestaram em resposta aos permanentes ataques da nova diretoria da Caixa e do governo Bolsonaro. A mobilização contou com a participação da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef-PE). Na ocasião, a venda de ativos e a privatização das áreas mais rentáveis do banco, como seguros, cartões, assets e loterias, foram denunciadas.
A secretária de Bancos Públicos do Sindicato e empregada da Caixa, Cândida Fernandes, reafirma o compromisso da entidade em defesa dos bancos públicos. “Nos unimos para mostrar que a insatisfação é geral. Este Dia Nacional de Luta é contra o desrespeito às trabalhadoras e aos trabalhadores, à categoria bancária e à população mais carente. É inadmissível que um banco totalmente público e que rende bilhões por ano seja vendido. Não vamos deixar que isso aconteça”, afirma Cândida.
Os planos para o desmonte da Caixa, por meio do seu fatiamento, estão sendo executados desde a posse do novo presidente da empresa, Pedro Guimarães. A ideia é enfraquecer a Caixa aos poucos, tornando-a deficitária, já que o processo de fatiamento de ativos societários visa uma futura privatização.
Neste Dia Nacional de Luta, o Sindicato defendeu o papel social exercido pela Caixa, que direciona 35% da arrecadação das loterias para programas sociais nas áreas de educação, saúde, segurança pública, cultura, esporte e seguridade social. A Caixa também é responsável pelo pagamento do seguro-desemprego, do abono-salarial e do PIS, entre outros benefícios. Com a privatização, milhões de brasileiros estarão desprotegidos.
A também empregada do banco e secretária de Formação do Sindicato, Adriana Correia, afirma que só a luta vai impedir esse ataque contra a população. “Só a luta e a coragem dos bancários e dos brasileiros vai impedir que as injustas privatizações dos bancos públicos aconteçam. É hora de reagir e mostrar que não vamos ficar de braços cruzados. O banco é rentável para o País e a venda dessa riqueza só vai favorecer os mais ricos. Estaremos nas ruas, enfrentando toda e qualquer situação, mas a Caixa 100% pública não vai deixar de existir”, comenta Adriana.