Funcionários também protestaram contra precárias condições de trabalho
Com o objetivo de barrar o processo de demissões e melhorar as condições de trabalho, os funcionários do Santander retardaram a abertura das agências em Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (13), acompanhando a mobilização que acontece em todo o país.
A realidade dos trabalhadores do Santander piora a cada dia, a ponto de muitos encerrarem sua jornada de trabalho aos prantos, tamanha pressão que sofrem para cumprir metas e cobrir a falta de funcionários devido à política de demissões implantadas no banco.
O Santander demitiu somente na ultima primeira semana de junho oito funcionários na regional de Pelotas. O pior é que, em vez de preencher essas vagas, novas dispensas estão acontecendo.
A jornada é longa e cansativa: o caixa tem que abrir contas, atender os clientes na gerência, atentar para os prazos, abastecer as máquinas, vender cartões e seguros, tudo sem poder fazer hora extra.
Esse tremendo descaso do banco com o emprego, somado com a pressão das metas para a venda de produtos, agravou as condições de trabalho, gerando estresse, assédio moral e adoecimento de funcionários.
Desta forma, o atendimento aos clientes piorou, mas o banco segue cobrando altas taxas de juros e tarifas exorbitantes. Além disso, o Santander tem empurrado clientes para utilizar correspondentes, onde não têm bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento e fragilizando a segurança.
O Santander lucrou R$ 6,3 bilhões em 2012. Esse resultado significou 26% do lucro mundial do Santander. Em nenhum outro país, o banco ganhou tanto dinheiro. Mesmo assim, demite para reduzir custos, enquanto paga bônus milionários aos altos executivos e gasta milhões de reais com o patrocínio da Copa Libertadores e da Formula 1.