Nesta sexta-feira, dia 19 de janeiro, acontece o Dia Nacional de Luta contra as reestruturações do Banco do Brasil. Na capital de Mato Grosso do Sul, os diretores do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região se reuniram em frente à agência que abriga a superintendência regional do BB, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de maio.
Os dirigentes sindicais entregaram uma carta informativa para a população enquanto um artista pichava, em uma lona, palavras de ordem contra a privatização do banco público. Mais tarde, um ator encenou para o público e clientes presentes uma peça teatral sobre a importância da luta e do Banco do Brasil para o povo brasileiro.
O ato nacional tem como objetivo defender a instituição financeira pública, evitar o seu desmonte e, sobretudo, dialogar com a sociedade, garantindo os direitos dos clientes e da população. “O sindicato, dentro de um ato nacional dos trabalhadores, está aqui para reafirmar que nós continuaremos lutando e defendendo o banco público, porque é o banco público que está nas cidades menos populosas, em bairros pequenos e de pouco desenvolvimento econômico. Ao defender o Banco do Brasil, nós estamos defendendo os interesses da sociedade brasileira”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos do SEEB-CG e funcionário do BB, Orlando de Almeida Filho.
Na primeira semana de janeiro deste ano, o BB anunciou o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), programa que amplia o processo de esvaziamento do BB, incentivando a transferência compulsória e desligamento incentivado de funcionários, além do corte de mais de 1.200 caixas, que pode prejudicar ainda mais o atendimento nas agências. Sem aviso prévio ou debate com a classe trabalhadora, o PAQ é uma continuidade da reestruturação que o Banco do Brasil vem sofrendo desde o final de 2016.
“Com a reestruturação, cerca de 400 agências já foram fechadas e 10 mil postos de trabalho foram perdidos no Brasil, agora, com o PAQ, nós perderemos mais postos de trabalho e isso também prejudica a população, pois com menos funcionários, o tempo de espera nas filas aumenta, o atendimento é precarizado e os funcionários acabam ficando sobrecarregados. Se o banco é público, ele tem que atender e priorizar os interesses do povo”, ressaltou a secretária de Administração e Patrimônio do sindicato e funcionária do BB, Luciana Rodrigues.
A mobilização foi apoiada por outras entidades como a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário (Fetricon-MS) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT-MS).
“O banco deveria pensar em uma reestruturação que beneficiasse clientes e a população em geral, mas, infelizmente, a restruturação deles é demitindo funcionários, fechando agências, dificultando ainda mais o acesso dos clientes ao banco. Nós trazemos a nossa solidariedade, em nome da direção estadual da CUT, parabenizando a direção do sindicato por construir esse ato e por ter iniciativa nas lutas em nosso estado, dialogando com a população e mostrando a importância das instituições públicas para a população”, afirmou o presidente da CUT-MS, Genilson Duarte.