“Abono é uma ilusão e significa arrocho salarial”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Clodoaldo Barbosa, no café da manhã, realizado nesta segunda-feira (19), na porta do Bradesco em Cuiabá. Os bancários serviram banana no café da manhã, para simbolizar que os banqueiros estão dando uma banana para a população e para os trabalhadores.
“Hoje estamos aqui, para dizer aos clientes e usuários do sistema financeiro que a greve é culpa da ganância dos banqueiros que estão tendo lucros exorbitantes explorando a população e querem aumentar ainda mais esses lucros impondo arrocho salarial aos seus trabalhadores”, afirmou.
A paralisação nacional está cada vez mais forte em protesto à proposta de reajuste abaixo da inflação com abono que os banqueiros insistiram em defender em duas mesas de negociação. Eles argumentam que a inflação prevista para os próximos 12 meses, é de 5%. “Não faz sentido falar em inflação futura, e esquecer as perdas que já tivemos”, criticou o presidente ressaltando que a categoria bancária sabe fazer contas.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso chamou os banqueiros de irresponsáveis, pois estão só embromando na mesa de negociação. “Além de apresentarem uma proposta indecente e rebaixada, não oferecem garantias de emprego, não discutem segurança, saúde e demais cláusulas sociais. Eles estão negando reajustar os salários dos seus trabalhadores”, explicou.
“Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) alcançaram, juntos, quase R$ 30 bilhões de lucro, apenas no primeiro semestre deste ano, este é o único setor da economia brasileira com toda essa rentabilidade”, afirmou ressaltando que o serviço bancário é uma concessão pública e precisam ter responsabilidade social com a sociedade.
A greve nacional da categoria é por tempo indeterminado. A greve entra na terceira semana com mais de 12 mil agências e centros administrativos paralisadas em todo o Brasil. Em Mato Grosso mais de 270 agências estão fechadas. Portanto, a greve continua até que os bancos atendam as reivindicações dos trabalhadores.