Os bancários de Londrina e região aprovaram em assembléia realizada nesta segunda-feira 17, às 9h, na sede do Sindicato, as propostas arrancadas dos bancos depois de 18 dias de greve nacional.
“Nestes 18 dias, a greve em Londrina mostrou-se muito forte. Em determinados dias, 70 das 73 agências do município estiveram com as portas fechadas”, afirma Gisa Bisotto, secretária-geral do Sindicato.
“A greve atingiu cerca de 80% dos bancários da base, numa clara demonstração da insatisfação da categoria com o salário e as condições de trabalho nas agências”, acrescenta Gisa.
A proposta da Fenaban prevê reajuste salarial de 9% para todas as faixas salariais e verbas de natureza salarial, o que representa aumento real de 1,5%. No piso da categoria o índice de reajuste será de 12%, com aumento real de 4,3%. Para quem é caixa, o reajuste representa 11,2%, ou seja, aumento real de 3,5%.
Além disso, a proposta contempla melhorias na PLR, com aumento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).
Inclui ainda duas novas cláusulas na Convenção: uma que coíbe o transporte de numerário por bancários e outra que prevê o fim da divulgação de rankings individuais dos funcionários, evitando o constrangimento e sendo mais um instrumento no combate ao assédio moral.
Também foram aprovadas as propostas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, complementares à Convenção Coletiva Nacional.
“A categoria deu sua resposta à intransigência dos bancos e do governo, que tentaram incutir a idéia de que aumento salarial gera inflação. Salário gera distribuição de renda e desenvolvimento. E os bancários mostraram sua disposição em lutar por emprego decente”, ressalta Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato.