Bancários de Florianópolis querem manutenção da Caixa 100% pública

Mobilização contra proposta de abertura do capital do banco

O Sindicato dos Bancários de Florianópolis engrossou nesta sexta-feira, dia 27, a fileira dos que lutam pela manutenção da Caixa Econômica Federal 100% pública e contra a abertura de capital da instituição.

O Dia Nacional de Luta levou dirigentes do Sindicato e empregados para as ruas para conversar com a população sobre a importância da Caixa como um banco público com um papel social fundamental para o desenvolvimento do país.

“Quem defende a abertura de capital da Caixa certamente não está pensando nas pessoas que estão saindo da miséria, nem nas pessoas que puderam realizar o sonho da casa própria com o programa Minha Casa, Minha Vida”, disse o presidente do Sindicato, Marco Silveira Silvano.

Na parte da manhã, o ato se concentrou em dois pontos estratégicos, na frente da Agência Anita Garibaldi em Florianópolis e na Agência Kobrasol em São José.

A Folha Sindical, especial da Caixa, foi entregue a clientes e usuários das 10h até o meio-dia. Às 13h, a atividade aconteceu no prédio da Superintendência Regional, com participação muito expressiva dos trabalhadores.

Em um dos atos da manhã, no calçadão da Rua Felipe Schmidt no Centro de Florianópolis, diretores do Sindicato dialogaram com a população. “A Caixa é responsável por ações sociais que atendem o microempresário brasileiro, o aposentado, o estudante, quem quer ter sua casa própria a juros baixos. Temos que estar atentos, pois enfraquecer o setor público só interessa aos bilionários do país que têm contas secretas no exterior e não investem no Brasil”, disse o secretário-geral do Sindicato, Jacir Zimmer. Ele lembrou que os interesses da chamada grande mídia não corroboram com os dos brasileiros.

Na Superintendência Regional, o diretor da Apcef/SC, Marco Zanardi, fez uma fala destacando o momento de disputa que vivemos. “Temos que estar prontos para essa luta porque o mercado-capital, o mercado financeiro quer nos combater”, disse.

A diretora do Sindicato, Zuleida Martins, lembrou que os empregados da Caixa são comprometidos não só com a empresa, mas com o país. “Agora nós temos que dizer o que queremos para a Caixa porque os bancos privados estão de olho no que a instituição administra como FGTS e loterias”.

A dirigente sindical disse que novos atos virão em defesa da Caixa. “É fundamental, também, manter e aprofundar o papel das instituições públicas como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES. Para que continuem atuando como gestores e agentes de políticas públicas e programas sociais, além de reguladores do mercado na oferta de crédito e na redução das taxas de juros”.

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