Nesta terça-feira, dia 23, bancários do Banco do Brasil em Florinópolis cruzaram os braços e atrasaram a abertura da agência Nereu Ramos no centro da capital. Esta ação fez parte das atividades promovidas pelo SEEB Floripa contra a reestruturação que está sendo implementada pelo banco. Durante a atividade os bancários dialogaram com clientes e usuários sobre a precarização no atendimento do BB que está se agravando com este processo.
No inicio do mês de janeiro o banco anunciou a chamada reestruturação, com o corte de 20% no número de caixas que atendem na região. Em contrapartida, abre mais espaço para os tais correspondentes bancários, expondo clientes e trabalhadores a uma situação de insegurança. Além dos caixas alguns cargos comissionados também foram extintos na base do SEEB Floripa, fazendo com que os funcionários tenham que optar entre se deslocar para outras bases ou perderem suas comissões.
Durante a atividade os dirigentes do SEEB Floripa puderam reunir os bancários no interior da agência para discutir formas de barrar este processo e/ou minimizar os impactos oriundos da implantação desta reestruturação. De acordo com o secretário de comunicação do SEEB Floripa e funcionário do BB Luiz Toniolo: “Cada vez mais o Banco do Brasil demonstra falta de cuidado e preocupação com o emprego do bancário e com o atendimento aos clientes. Ao invés de investir em segurança e atendimento, toma medidas paliativas que só reforçam a omissão que as instituições bancárias em geral tem adotado para com seus trabalhadores e correntistas. Na publicidade tudo parece lindo, mas na realidade o que temos é descaso e indiferença.”
“Esta reestruturação é consequência das mudanças equivocadas que a direção do banco vem fazendo. Desde que o banco retirou as palavras sociedade, pessoas e funcionalismo de sua missão, a falta de atenção aos trabalhadores só aumenta”, avalia o dirigente.
A precarização do atendimento bancário acaba fortalecendo a lógica dos bancos de desviarem os clientes e usuários para os correspondentes bancários, sendo que, a criação destes ataca os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e precariza as relações de trabalho, reduzindo salários, causando doenças e prejudicando a qualidade de vida da população. Não é um ataque apenas às conquistas históricas da classe trabalhadora, é também contra toda a sociedade brasileira, que vivencia, um processo de terceirização camuflado, com impactos diretos sobre a geração de emprego e renda, paralisando o processo de distribuição desta e de redução das desigualdades.