Bancários de Florianópolis param agência do BB contra plano de funções

Mobilização: protesto dos funcionários do BB em São José

Os bancários de Florianópolis paralisaram nesta quarta-feira (20), durante todo o dia, a agência do Banco do Brasil no município de São José. A atividade marcou o Dia Nacional de Luta contra o novo plano de funções comissionadas imposto unilateralmente pela empresa e que traz prejuízos aos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários de Florianópolis tem realizado atos, toda semana, denunciando a postura do BB de reduzir o salário dos bancários (média de 16%) com o novo Plano de Funções, além da alteração unilateral de determinadas verbas salariais que impactam no ganho de carreira.

O Banco do Brasil, por sua vez, se recusa a negociar e ainda tenta amedrontar os trabalhadores que estão lutando por seus direitos. O último triste episódio foi a demissão de três bancários do Banco do Brasil em Brasília, todos sem justa causa, como represália por terem ingressado na Justiça.

O funcionalismo do BB já fez dois dias nacionais de luta, em 7 de fevereiro e 20 do mesmo mês. As entidades sindicais já entregaram documentos com denúncias ao BB à presidenta Dilma Roussef, ao assessor especial da Secretaria Geral da República, José Lopez Feijóo, ao Departamento e Controle das Empresas Estatais (Dest) e ao Congresso Nacional, sem que tenham sido tomadas nenhuma providência.

BB da demissão imotivada

O governo Lula assumiu compromisso com o movimento sindical no início de 2003 de que não haveria mais demissões nas empresas públicas sem a legítima defesa dos trabalhadores concursados, fatos esses que ocorreram nos governos Collor e FHC e motivaram inúmeras ações judiciais e projetos de lei pela reintegração dos trabalhadores.

A promessa foi cumprida até outubro de 2012. Desde então, o BB do Governo Dilma voltou a demitir trabalhadores por ato de gestão, sem processos administrativos que garantam a ampla defesa do bancário.

BB da discriminação

Os bancários oriundos de bancos incorporados (BEP, Besc e Nossa Caixa) não têm direito ao plano de saúde (Cassi) e ao plano de previdência complementar (Previ). Além disso, os que não optaram pelo regulamento de pessoal do BB, lutando pela manutenção dos seus direitos, não podem fazer carreira na empresa.

BB das condenações por assédio moral

O Banco do Brasil também é constantemente condenado na Justiça pela prática do assédio moral em várias regiões do país. O assédio moral é sistêmico na empresa, resultado das metas abusivas por vendas de produtos financeiros impostas unilateralmente pela cúpula e cumpridas pelos administradores nas agências e departamentos com emprego da violência organizacional.

Uso indevido do patrimônio dos funcionários na Previ

O Banco do Brasil vem nos últimos anos fazendo apropriações contábeis sobre compromissos com a Previ de forma temerosa. O banco aumenta com isso o resultado em seus balanços usando valores que não constam do balanço da Previ. Além disso, um dos motivos da temeridade de tal apropriação é o fato de uma parte substancial dos recursos estar relacionada às oscilações da Bolsa de Valores e do mercado de capitais.

BB descumpre lei que democratiza gestão

O governo Lula sancionou em 2010 a lei aprovada pelo Congresso (nº 12.353) determinando que as empresas públicas devem eleger para seus conselhos de administração um representante dos trabalhadores. Mas o BB vem descumprindo a lei há três anos.

BB desrespeita os concursados

Os trabalhadores querem agilidade no processo de convocação dos funcionários aprovados em concurso para melhorar as condições de trabalho nas agências.

A população também será beneficiada com as novas contratações no Banco do Brasil, já que mais funcionários trabalhando significará melhor atendimento, com pessoal qualificado.

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