Os bancários de Feira de Santana realizaram nesta quarta (11), o Dia Nacional de Luta em defesa da Convenção Coletiva do Trabalho. A manifestação aconteceu em frente à agência principal do banco Itaú, localizada na Rua Conselheiro Franco, centro financeiro da cidade de Feira de Santana Bahia.
O dia nacional em defesa da CCT que aconteceu em todo o país foi realizado com o objetivo de pressionar a Fenaban para que, na negociação do dia 12/07, assine um pré-acordo que garanta a manutenção dos direitos contidos na Convenção 2016/2018 até o final das negociações, a chamada ultratividade. Na oportunidade, os bancários denunciaram, através de carro de som, a gritante redução do quadro de funcionários e fechamentos de unidades e a redução do horário de atendimento Bancário, o que vem superlotando as agências e com isso provocando frequentes agressões de clientes, que se deparam com enormes filas e, de maneira totalmente errada, ao invés de denunciar o descumprimento da Lei aos órgãos competentes e exigir dos bancos a contratação de mais bancários, se colocam a agredir os funcionários que se desdobram nas agências para dar conta da alta demanda.
Os bancos têm que ser responsabilizados por isso, pois são eles que descriminam, expulsam e humilham os clientes na ânsia de auferir mais recursos sem investimento no atendimento humanizado.
Com a Reforma Trabalhista do governo Temer, a ultratividade dos acordos foi mais um dos direitos dos trabalhadores extintos. Os bancos deram total apoio a esse projeto e já começaram a implementá-la, devendo utilizar a nova legislação para dificultar a negociação com os trabalhadores. Antes dessa Reforma o pré-acordo sobre a ultratividade era uma mera formalidade, sendo assinado logo na primeira rodada de negociação. Este ano, na primeira rodada que aconteceu no dia 28/06, os banqueiros sequer tomaram conhecimento dessa reivindicação, criando um clima de total incerteza na categoria sobre o andamento da campanha. O fim da ultratividade põe em riscos conquistas históricas obtidas com muita luta ao longo dos anos, dentre eles o Vale Refeição, Auxílio-Creche, Plano de Saúde e até o Piso Salarial.
A categoria tem consciência e está se mobilizando para não permitir que, ao invés de ter o seu trabalho valorizado pela produção de lucros estratosféricos, quando se submetem a uma desumana sobrecarga de trabalho e a pressões para o cumprimento de metas, verem retirarem os seus direitos conseguidos com muito suor. Os bancários estão se preparando para, se necessário, enfrentarem um grande movimento em defesa das suas conquistas.