Bancários de Curitiba promovem “cachorrada” contra demissões do HSBC

Protesto com distribuição de cachorros-quentes para transeuntes

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizou nesta terça-feira (12) um ato bem-humorado, em frente ao Centro Administrativo HSBC Palácio Avenida, no centro da capital paranaense, para informar a população sobre as mais de 200 demissões que o banco promoveu nos últimos dias.

Em alusão à “cachorrada” que o HSBC vem fazendo com seus funcionários – demitindo-os pouco antes do Natal -, os bancários distribuíram 100 cachorros-quentes para os transeuntes da Travessa Oliveira Belo.

“Nossa intenção é expor à sociedade o que o banco está fazendo e justificar os protestos e as paralisações que estão acontecendo desde a última sexta-feira (7). Quem passa aqui, no Palácio Avenida, e vê essa linda estrutura de Natal, que já está sendo montada, não sabe como são as coisas da porta para dentro do HSBC. Infelizmente, os funcionários estão sobrecarregados de trabalho, sofrem uma pressão desumana para gerar resultados para o banco e, depois de tanto se dedicar, são demitidos sem justa causa”, resume Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

HSBC chama polícia

Nesta quarta-feira (12), os bancários fecharam também o prédio de contingência do HSBC localizado na Rua João Bettega, no bairro Portão (SoftMarketing). Desde sexta-feira, com a paralisação dos centros administrativos, o local estava superlotado de bancários. Diante da paralisação, por volta das 12h, o HSBC recorreu à Polícia Militar (PM) para tentar abrir o local.

“Sem nenhuma liminar judicial, a PM foi até o local, casou uma grande confusão a pedido do HSBC e colocou funcionários para dentro do prédio. É lamentável que a polícia se submeta a esse tipo de atuação irregular, seguindo os desmandos de um banco que, neste momento, deveria estar mais preocupado em explicar aos seus funcionários o que está acontecendo”, afirma Cristiane.

O prédio continua fechado e diretores do Sindicato permanecem no local.

Denúncias

O Sindicato recebeu diversas denúncias de contingenciamento dos funcionários do HSBC. No prédio da João Bettega, um gerente está obrigando, sob ameaças, os funcionários a ficarem sentados na calçada, aguardando a abertura do local. Os bancários estão sendo impedidos, inclusive, de irem almoçar.

Outras inúmeras denúncias têm sido recebidas pela entidade, relatando pressão desumana sobre os funcionários. Trabalhadores estão sendo enviados para agências da região metropolitana ou convocados para cursos em diversos locais. Há bancários trabalhando em casa, com acesso remoto, obrigados a informar a cada 30 minutos que estão logados no sistema.

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