Após inúmeros assaltos e arrombamentos nos caixas eletrônicos em diversos bancos da região de Criciúma, colocando em risco a vida dos trabalhadores e clientes, o Sindicato dos Bancários está cobrando o cumprimento da lei de segurança. A entidade esteve na terça-feira, dia 20, na Câmara de Vereadores de Criciúma, solicitando que a lei municipal 3362, de 1996, que obriga a instalação da porta de segurança nos bancos do município seja cumprida.
O art. 1º da lei diz “ser obrigatório, nas agências e porta de serviço bancários estabelecidos no município, a instalação da aporta de eletrônica de segurança individualizada em todos os acessos destinados ao público.”
Mesmo sem esse equipamento obrigatório por lei, o Bradesco abriu três agências sem o item. “Existe lei e não está sendo cumprida, portanto entramos com um processo na justiça para que todas as agências instalem a porta de segurança para poder funcionar. Outro fato é que ainda, assim elas conseguem alvará para abrir. O poder público emite o documento sem respeitar a lei”, explica Ronald Pagel Soares, presidente do Sindicato.
Além de Criciúma, as câmaras de vereadores de outros municípios de base do Sindicato estão sendo cobradas para que aprovem leis que criem a obrigação da porta giratória. Ronald lembrou ainda que existe a Lei Estadual (10.501/97) que diz que nenhuma agência poderia se instalar no estado sem que estivesse equipada com portas de segurança, mas não é fiscalizada.
“Estamos cercado de leis, mas o mais importante, que é o seu cumprimento, não ocorre. Enviamos ofício junto a Secretaria de Segurança Pública do Estado para cobrar rigor nessa fiscalização”.
Responsabilidade dos bancos
O sindicalista enfatizou que os bancos são os maiores responsáveis por esta situação. “A segurança vai além dos empregados, abrange toda população de usuários e clientes, sendo que no nosso entendimento não existe agência bancária que não mexa com o dinheiro, embora algumas dizem o contrário”, pondera Ronald.