Nesta quarta-feira, 2, quando está prevista na Câmara dos Deputados a votação da denúncia contra Michel Temer, haverá vigília no calçadão de Campos dos Goytacazes (RJ) em defesa do afastamento do presidente e da convocação de eleições diretas. A mobilização é do Sindicato dos Bancários e segue orientação da 19ª Conferência Nacional da categoria, que aconteceu no fim de semana em São Paulo. O movimento ocorre nas bases dos sindicatos em todo o país.
Os manifestantes, incluindo outros sindicatos da região e representantes de movimentos sociais e de estudantes, partem em caminhada da sede do sindicato às 8h, seguindo até a agência central do Banco do Brasil e depois à agência da Caixa Econômica Federal no calçadão, centro financeiro da cidade. A vigília vai até o final da tarde.
"Temer não pode continuar. É um governo ilegítimo e impopular, que impõe uma agenda de retrocesso, claramente neoliberal e a serviço do grande empresariado. As perdas para a classe trabalhadora são muito grandes e é preciso interromper essa agenda", defende o presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Rafanele Alves.
A denúncia – A Câmara vota nesta quarta se autoriza o prosseguimento da denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer por corrupção passiva. As acusações do Ministério Público têm como base a delação premiada dos executivos da J&F, controladora da JBS. Por se tratar do presidente da República, o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá analisar a denúncia se receber autorização da Câmara. São necessários os votos de pelo menos 342 deputados contra o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que recomenda a rejeição da denúncia.