O Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região (RJ) passou a manhã desta terça-feira, 10, no calçadão do centro financeiro da cidade recolhendo assinaturas para a campanha nacional pela anulação da reforma trabalhista, organizada pela CUT em todo o país. A atividade aconteceu em frente à agência do Bradesco, em horário de grande movimento, e contou com a adesão de centenas de trabalhadores que passavam pelo local.
As queixas são unânimes: retirada de direitos, desemprego e desigualdade social. Ronildo dos Santos Lima é técnico de segurança do trabalho. Tem 59 anos e há 30 trabalha na Petrobras. Ele foi um dos que fizeram questão de assinar o documento. "Convivo com esse sofrimento, com essa angústia e a desvalorização do trabalhador e essa reforma certamente vai nos trazer ainda mais prejuízos", alertou. A empregada doméstica Vanda Maria Batista Esteves, 39 anos, concorda: "Estou desempregada e não vejo a situação melhorar, enquanto isso estão aí a corrupção e os nossos direitos sendo desrespeitados", lamentou.
A coleta de assinaturas vai até o início de novembro. "Estaremos nas ruas todos os dias conversando com os trabalhadores, falando à sociedade sobre a importância de anularmos essa reforma, e nosso instrumento é o abaixo-assinado", disse o presidente do Sindicato, Rafanele Alves. Nesta quarta, 11, a coleta de assinaturas acontece em frente à agência do Banco do Brasil da Praça Quatro Jornadas, a partir das 8h. Ao mesmo tempo, haverá um ato de mobilização pelo dia de luta contra ameaças de descomissionamento no BB, que ocorre nesta terça em toda a região Sudeste do país.
No dia 9 de novembro o Sindicato integra a caravana que vai a Brasília entregar o projeto de lei de iniciativa popular na Câmara dos Deputados. A reforma trabalhista passa a valer a partir de 11 de novembro e a expectativa é que a campanha nacional resulte na anulação da lei.
