Os diretores do Sindicato dos Bancários de Campo Grande (MS) e várias lideranças petistas participam de protesto em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sábado (5), no Centro de Campo Grande. Os discursos foram de repúdio contra o fato de o líder do partido ter sido obrigado, na sexta-feira (4), a depor à Polícia Federal.
"Os trabalhadores e trabalhadoras têm que ficar em alerta porque o ataque da direita e da mídia, principalmente a Rede Globo, tem direção e sabemos quais são. Umas delas é a destruição dos nossos direitos trabalhistas e do direito de se manifestar contra os abusos do patronato. Querem derrotar um projeto político que vem dando certo para a classe menos favorecida, pois e quiserem de verdade lutar contra a corrupção como falam, não aceitariam o Cunha presidindo uma casa tão importante para o País. Querem voltar ao poder para transformar o País em um País de milhões de pessoas que passavam fome para que possam pagarem os piores salários tornando assim trabalhadores e as trabalhadoras em seus verdadeiros escravos. Não vai ter Golpe, Fora Globo", disse o presidente do SEEB-CGMS, Edvaldo Barros.
“Estamos aqui para manifestar nosso repúdio ao Judiciário pela ação contra o Lula. Ele nunca se negou a esclarecer os fatos, isso foi uma forma de provocar a militância. Eles querem nos desestabilizar”, falou o deputado federal Zeca do PT.
Na mesma linha foi o presidente regional da legenda, ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi. "Há um golpe em andamento. Não estão respeitando as urnas", alertou.
Outro que discursou foi o vereador Marcos Alex. “Não vamos aceitar a manipulação que a mídia está fazendo. Querem desestabilizar a democracia, enfraquecer nossa economia. Isto é uma agressão, um atentado”, afirmou o parlamentar petista.
Lula prestou depoimento por cerca de 3 horas, ontem, dentro das investigações da Operação Lava Jato, por haver, segundo as autoridades envolvidas no caso, indícios de envolvimento dele em esquema de corrupção e desvio de dinheiro público. O ex-presidente discursou à militância, depois, negando as suspeitas e, entre outras coisas, apontando conotação política na ação.
A manifestação reuniu em torno de 70 pessoas no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho.