Os bancários pararam nesta segunda-feira (10) a agência Barão de Jaguara, em Campinas, reforçando a pressão contra as demissões em massa no Santander, que pegou todos os trabalhadores e o movimento sindical de surpresa neste fim de ano, véspera de Natal.
No primeiro dia de mobilização(4), houve paralisação na SPI (superintendência regional) e na agência Barão de Itapura até as 12h. No dia seguinte (5) foi a vez das unidades na Unicamp (Reitoria, HC, Ciclo Básico e Reitoria/Real), que fecharam as portas até as 13h; na quinta-feira (6), os funcionários da agência Centro e departamentos (Corporate, Câmbio, Mesa de Câmbio, Comex, Consignado, Governos, Universidades, Mesa de Ações e Risco de Crédito) cruzaram os braços durante todo o dia; e na última sexta-feira (7), a cena se repetiu na agência Campos Sales.
Audiência de mediação
O Ministério Público do Trabalho (MPT) da 15ª Região realiza, nesta terça-feira (11), audiência de mediação entre o Sindicato dos Bancários de Campinas e a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul com o Santander, às 9h.
Na pauta estão as recentes demissões feitas pelo banco espanhol em todo o país; na base territorial do Sindicato de Campinas, até o momento, 30 postos de trabalho foram cortados.
A audiência estava marcada para ocorrer nesta segunda-feira (10), às 16h, mas foi transferida a pedido do Santander. A solicitação da mediação foi feita pelo Sindicato no último dia 5, visando suspender as demissões que, segundo informações extraoficiais, podem atingir 5 mil bancários.
Caso a mediação não atinja o resultado esperado, o Sindicato solicita que o MPT averigue a “prática de dispensas discriminatórias por motivo de idade”, que tem a finalidade de ingresso posterior de ação civil pública.