O Dia Nacional de Luta pela suspensão do projeto de reestruturação, hoje, 24 de março, foi marcada em Campinas com manifestações nos prédios instalados na Aquidabã e Avenida Francisco Glicério da Caixa Federal, iniciadas às 13h. Coordenadas pelo Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, as manifestações envolveram empregados da Giris (Gerência de Risco), Girec (Recuperação de Crédito), Gifuc (Fundos) e Giret (Retaguarda), entre outras áreas meio, na Aquidabã; na Glicério, Gitec (Tecnologia), Audir (Auditoria) e Giseg (Segurança), entre outras.
Anunciada no último dia 10 e sem debate algum com os representantes dos empregados, a reestruturação que teve início na matriz e pretende passar pelas filiais e agências foi suspensa em Brasília no último dia 21, por determinação do juiz Alcir Kenupp Cunha, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 10ª Região), após julgar ação cautelar ingressada pelo Sindicato dos Bancários da capital federal. Em sua decisão, o juiz determina que a Caixa Federal se “abstenha de efetivar qualquer ato que implique em descomissionamento ou transferência de trabalhadores lotados no Distrito Federal”, com efeitos a contar de 17 de março. Em ofício à presidente da Caixa Federal, Miriam Belchior, no último dia 22, a Contraf e Fenae reivindicam a suspensão imediata da reestruturação em todo o país.
Carta aberta
Além de faixas e cartazes com as hahtags #CaixaRespeiteoEmpregado, #CaixaCumpraosAcordos e #CaixaSejaTransparente, os diretores do Sindicato distribuíram carta aberta. Veja a seguir a íntegra do documento.
Caixa + forte
Para o Brasil, brasileiros e empregados
Os empregados da Caixa reivindicam a imediata abertura de diálogo com a Presidência da instituição financeira pública sobre a RESTRUTURAÇÃO em processo de implementação. Se a CAIXA precisa corrigir seu rumo, modernizar e cortar custos, os empregados, que afinal serão os mais atingidos por quaisquer medidas, têm que participar.
Este processo de reestruturação vem coroar uma série de medidas arbitrárias emanadas da Presidente Miriam Belchior: apoio à proposta de abertura de capital da Caixa, desrespeito à Comissão Executiva dos Empregados durante a negociação da Campanha Salarial, negativa em contratar empregados para suprir a carência das unidades, extinção da substituição em cascata, cortes na dotação de horas extras, descumprimento do acordado em relação à destinação do superavit do Saúde Caixa, entre muitas outras. Tais medidas acendem nos empregados a dúvida se este é um processo de reestruturação ou de sucateamento, negando aos cidadãos brasileiros uma de suas importantes instituições: a Caixa 100% Pública, focada no desenvolvimento social e econômico do país.
Diante deste cenário, não há outra ação responsável senão resistir a esta proposta que visa a redução do protagonismo da Caixa na construção de um país mais justo. Os empregados da Caixa lutam por respeito. Neste momento, bradam:
Esta não é a reestruturação que queremos.
A gestão financeira não pode destruir vidas e carreiras dos empregados.
O maior patrimônio da Caixa é seu corpo funcional.