Bancários de Campinas exigem segurança nas agências de negócios do Itaú

No protesto houve distribuição de fatias de abacaxi aos clientes

O Sindicato dos Bancários de Campinas e Região realizou na manhã desta quinta-feira, dia 12, uma manifestação em frente à agência de negócios Fórum do Itaú (Av. Francisco Glicério com Av. Campos Sales), em Campinas, para exigir segurança e garantia de emprego.

O ato de protesto aconteceu no 30º dia de paralisação da agência de negócios Botafogo (Av. Barão de Itapura), deflagrada no dia 13 de maio depois que o banco das famílias Setubal, Vilella e Salles decidiu retirar a porta de segurança com detector de metais e desativou o serviço de vigilante.

Além da agência Botafogo, outras duas estão paralisadas desde o dia 19 de maio: a agência de negócios Fórum, em Campinas, onde aconteceu a manifestação, e a Bernardino de Campos, em Itapira.

Durante a manifestação, os diretores do Sindicato distribuíram carta aberta à população, abordando a alta lucratividade do Itaú, as demissões, o adoecimento dos bancários em decorrência das metas abusivas e os juros e tarifas escorchantes cobrados dos clientes.

Em 2013, o Itaú lucrou R$ 15,8 bilhões e, nos últimos 15 meses, fechou 3.500 postos de trabalho. E mais: no período de dezembro de 2011 a março deste ano, demitiu 11.402 bancários. Para ilustrar o atual quadro, a situação vivida pelos funcionários, os dirigentes sindicais distribuíram também fatias de abacaxi aos transeuntes.

Justiça obriga Itaú a reativar serviço de segurança

A juíza Roberta Confetti Gastsios Amstalden, da 4ª Vara do Trabalho de Campinas, concedeu no dia 29 de maio uma antecipação de tutela em ação judicial ingressada pelo Sindicato, determinando que o Itaú reinstale porta de segurança com dispositivo detector de metais e reative o serviço de vigilantes na agência Botafogo no prazo de 20 dias.

Em sua sentença, a juíza estabelece multa de R$ 50 mil por dia, a ser revertida ao Centro Corsini de Campinas, caso o Itaú descumpra a determinação no prazo estabelecido.

A decisão do Itaú em retirar porta de segurança das agências de negócios, sob o argumento que não circula dinheiro em espécie, desrespeita a lei municipal nº 7.605 (de 09/09/1993), em Campinas. E a suspensão do serviço de vigilantes fere a lei federal nº 7.102/83, que trata da segurança em estabelecimentos financeiros. Isso porque o Itaú mantém nesse novo modelo de agências os caixas eletrônicos.

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