Mobilização contra não atendimento da pauta de reivindicações
Os bancários de Campina Grande, no interior da Paraíba, retardaram por duas horas a abertura das principais agências do Santander, nesta terça-feira (11). O ato fez parte do Dia Nacional de Luta para que o banco atenda a pauta de reivindicações específicas dos funcionários, especialmente quanto às condições de trabalho.
De 9h até as 11h, os dirigentes sindicais permaneceram em frente às agências Marquês do Herval, Avenida Canal e Praça Alfredo Dantas com faixas e distribuindo material para os funcionários, com informações sobre as últimas negociações com o banco.
A atividade foi orientada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.
Aditivo
Após cinco rodadas, as negociações para a renovação do acordo aditivo do Santander à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) não avançaram. Nova rodada ocorre na próxima terça-feira (18), em São Paulo.
O Santander lucrou R$ 4,3 bilhões até setembro no Brasil, o que representa 20% do resultado global, igual à participação do Reino Unido. Em nenhum outro país o banco ganhou mais. A Espanha contribuiu com 14% do lucro. No entanto, os trabalhadores brasileiros não são valorizados, sendo tratados como se fossem de segunda classe. Isso é inaceitável.
Entre as principais problemas dos funcionários estão: falta de funcionários, metas abusivas, sobrecarga de serviço, assédio moral, demissões e rotatividade, entre outros. O banco ocupa as primeiras posições do ranking de reclamações de clientes no Banco Central.
Enquanto isso, o Santander gasta milhões em propaganda como na Fórmula 1 e na Copa Libertadores. Cada diretor executivo ganha, em média, R$ 5,7 milhões em 2014, considerando salários, bônus e participação nos resultados, conforme foi aprovado na assembleia dos acionistas do banco em abril.
As agências em Campina Grande foram reabertas após as 11h.