Bancários de Brasília repudiam truculência do diretor de Crédito do BB

Protesto contra postura antissindical e antidemocrática dos gestores da Dicre

Em dois dias seguidos, na terça e quarta-feira (13 e 14), a direção do Sindicato dos Bancários de Brasília fez um protesto veemente em frente ao Edifício Sede I, no Setor Bancário Sul, contra a postura antissindical e autoritária do diretor de Crédito (Dicre) do Banco do Brasil, Márcio Hamilton Ferreira, vinculado à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos, controlada por Walter Malieni Júnior.

Durante a implantação de uma reestruturação injustificada, tanto do ponto de vista econômico quanto político, os funcionários da Diretoria de Crédito (Dicre) sofreram com perseguições, transferências desnecessárias e truculentas.

Numa clara retaliação a grevistas e desrespeito às normas legais (acordo e legislação), Márcio Hamilton isolou uma dirigente sindical da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), um delegado sindical e um cipeiro, querendo obrigá-los a se transferirem para São Paulo, onde no início do processo não havia nem lugar definido nem estrutura de trabalho. Na segunda-feira (12), uma assessora da Dicre foi descomissionada e obrigada a assumir como escriturária na Agência Postalis (DF).

Em solidariedade aos colegas perseguidos pela Dicre, dirigentes sindicais de outros estados juntaram-se aos representantes do Sindicato para protestar. Uma jaula foi exposta simbolicamente como forma de repúdio à atitude dos gestores.

Segundo o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, “ao reestruturar a Diretoria de Crédito e transferir funcionários, fica clara a incompetência do diretor ou ele agiu com má fé”, afirmou. “Esse descomissionamento trará mais prejuízos ao banco, que deverá responder ação por danos morais, entre outros motivos, por conta dessa iniciativa arbitrária e injustificada”, completou.

Em 2012, um bancário da Dicre foi demitido sem justa causa, vítima de perseguição. O funcionário punido havia concluído o doutorado na Universidade de Brasília (UnB) e, ao invés de assumir o cargo de assessor sênior, recebeu o comunicado da demissão.

Conforme informações, ainda em apuração pela entidade, Márcio Hamilton tem proteção de políticos do governo do estado do Rio de Janeiro. “Tanto por esse apadrinhamento, ele se acha com costas quentes para perseguir funcionários do BB”, observou Araújo.

O Sindicato reitera o repúdio às perseguições e ao assédio moral sofridos pelos bancários e espera uma postura responsável por parte da direção do BB, que já acumula passivos trabalhistas por decisões autoritárias de gestores e dirigentes despreparados.

“É inadmissível que uma empresa pública como o Banco do Brasil, que tem um nome a zelar no cenário nacional e internacional, mantenha em seu quadro gestores que perseguem, assediam e adoecem seus funcionários. Esses diretores vão e vêm dentro do banco. Adaptando a frase de Mário Quintana, eu digo: eles passarão. Nós passarinhos”, conclui o secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato, Jeferson Meira, que também é funcionário do BB.

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