Em defesa dos direitos da categoria, foi lançada, nesta segunda-feira, 18, a Campanha Nacional dos Bancários 2018. O Sindicato dos Bancários de BH percorreu unidades de trabalho de bancos públicos e privados para conversar com os trabalhadores sobre os desafios deste ano.
Uma carta aberta foi distribuída aos bancários para explicar a atual conjuntura e reforçar a importância da mobilização e da adesão da categoria para garantir as conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e dos acordos aditivos.
Confira a carta na íntegra aqui.
“Esta será uma Campanha Nacional dura e a primeira após a entrada em vigor da reforma trabalhista. Todos têm que estar conscientes de que só a luta e a participação de bancárias e bancários poderão garantir a manutenção de direitos duramente conquistados nas últimas décadas. Com muita unidade e mobilização, vamos resistir e vencer”, afirmou a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil.
Direitos em risco
Com a reforma trabalhista, vários direitos estão ameaçados. Diversas cláusulas da CCT poderão ser alteradas com base na nova lei, trazendo prejuízos para os trabalhadores.
A primeira ameaça concreta é o fim da chamada ultratividade. Isto significa que importantes conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) só terão validade até o próximo dia 31 de agosto. Caso uma nova CCT não seja assinada até essa data, esses direitos da categoria podem deixar de existir.
Jornada de trabalho de seis horas, vale-refeição, cesta alimentação, 13ª cesta, auxílio-creche, licença maternidade, licença paternidade e várias outras conquistas podem ser perdidas caso a categoria não se mobilize.
Pauta de reivindicações
A pauta de reivindicações para este ano foi elaborada durante 20ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre os dias 8 e 10 de junho em São Paulo. A minuta foi aprovada por bancários de BH e região em Assembleia, no dia 12 de junho, na sede do Sindicato, e foi entregue à Fenaban no dia seguinte, 13 de junho.
Além do reajuste composto pela reposição da inflação mais aumento real de 5%, a categoria reivindica a garantia da vigência da CCT até que as partes firmem um novo contrato coletivo, assegurando a ultratividade.
Os trabalhadores cobram, também, a manutenção da mesa única de negociação e que a Convenção Coletiva seja válida para todos os bancários, independentemente do nível de escolaridade ou da faixa salarial.
A minuta ainda reivindica: garantia do emprego com a vedação das demissões em massa e da rotatividade, vedação dos acordos individuais de banco de horas, manutenção das homologações nos sindicatos e que a implantação de novas formas de jornada de trabalho previstas na reforma trabalhista só possa ocorrer por meio de acordo coletivo de trabalho.
Outras importantes bandeiras da Campanha Nacional 2018 são a defesa dos bancos públicos – contra o desmonte e a privatização – e a defesa da democracia, com a eleição de candidatos que estejam comprometidos com a pauta da classe trabalhadora.