Aprovadas propostas conquistadas com 21 dias de greve
Os bancários dos bancos privados, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, reunidos em assembleias separadas na noite desta segunda-feira (17), aprovaram as propostas apresentadas na última sexta-feira (14) pela Fenaban e pelas direções dos bancos federais após 21 dias de greve nacional.
Foi a capacidade de mobilização da categoria que realizou a maior greve dos últimos 20 anos, que dobrou a intransigência dos bancos, obrigando-os a apresentarem uma nova proposta que tem reajuste salarial de 9%, que corresponde a um aumento real de 1,5% e melhorias na PLR – Participação nos Lucros e Resultados.
A regra básica da PLR será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.400 (reajuste de 27,2%). Pela proposta, o teto do valor adicional da PLR – que distribui 2% do lucro líquido de forma linear entre os funcionários – passará de R$ 2.400 para R$ 2.800, o que significa um reajuste de 16,7% em relação ao que foi pago no ano passado.
Além disso, o reajuste proposto para o piso é de 12%, um aumento real de 4,30%, sendo que o escriturário passaria de R$ 1.250 para R$ 1.400.
A proposta inclui ainda cláusula que coíbe o transporte de numerário por bancários e o fim da divulgação de rankings individuais dos funcionários, combatendo o assédio moral.
Os dias de greve não serão descontados e a compensação poderá ser feita até o dia 15 de dezembro, sendo que em caso de eventual saldo após esse período, será anistiado.
Os bancários dos bancos privados aprovaram a proposta em assembleia realizada no auditório do Hotel Normandy, no centro de Belo Horizonte.