Bancários de Belém param três agências do Unibanco em péssimas condições

Muita poeira, fiação elétrica exposta, banheiros sem porta e abarrotados de entulhos, teto sem forro ou com forro quebrado, caixas eletrônicos em manutenção, compensado servindo de fachada de agência, e o pior: bancários e bancárias trabalhando e atendendo clientes nesse cenário caótico. Essas foram as cenas flagradas na manhã de terça-feira (17) pelo Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá em 3 das 4 agências do Unibanco na Região Metropolitana de Belém, as quais foram imediatamente fechadas pelos diretores do Sindicato.

Os flagrantes foram feitos após o recebimento de denúncias de clientes indignados e constrangidos com as péssimas condições em que as agências da Rua Benjamim Constant, Magalhães Barata e BR 316 estavam operando. De acordo com as informações apuradas pelo Sindicato, as referidas agências funcionavam nesse sistema de canteiro de obras desde o mês de junho, quando começaram as reformas previstas para serem concluídas no próximo dia 23 de agosto, quando iniciariam os trabalhos como agências do Itaú Unibanco, em virtude da fusão que ocorreu em novembro do ano passado.

Outras informações apuradas dão conta de que muitos bancários dessas agências adoeceram com as péssimas condições de trabalho, e por isso, estão hoje de licença saúde. Os diretores do Sindicato constataram que o forte cheiro de tinta, cola, massa acrílica e a poeira excessiva deixam os ambientes visitados insuportáveis, sem nenhuma condição de funcionamento para o atendimento bancário.

“É um absurdo o Unibanco permitir a abertura dessas agências com as reformas em andamento. Não há mínimas condições de salubridade e de segurança para que esses locais possam operar normalmente. O que flagramos aqui foi um total desrespeito à segurança, à saúde e à dignidade dos trabalhadores, clientes e usuários dessas agências”, critica Rosalina Amorim, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá e diretora executiva da Contraf-CUT.

Denúncia

Após garantir o fechamento das três agências do Unibanco, o Sindicato já providencia uma denúncia formal à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego seção Pará (SRTE/PA) e ao Ministério Público do Trabalho no Estado, para que providências legais sejam tomadas contra o Banco.

“Vamos lutar para que o Unibanco não passe ileso com tamanha negligencia com a saúde e a segurança de seus funcionários e clientes. Vamos recorrer aos órgãos competentes para que providências sejam tomadas o mais rápido possível”, afirma Sandro Mattos, diretor jurídico do Sindicato e funcionário do Unibanco.

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