Dois protestos mobilizaram a categoria bancária de Teresina nas agências do Banco do Brasil, da Rua Álvaro Mendes, e Caixa Econômica Federal, da Rua Areolino de Abreu, ambas no centro da cidade, onde o atendimento ao público foi retardado em uma hora. Apesar de lutarem por reivindicações distintas, prevaleceu a organização e a compreensão dos clientes.
No prédio do BB, onde funcionam o setor público e a superintendência, os empregados se concentraram em frente à agência para intensificar a campanha Acorda BB.
Segundo informa o dirigente sindical João Neto, a mobilização continua e vai depender agora da direção do banco que deverá se posicionar sobre a negociação. “E se for preciso, a gente vai parar novamente”, enfatiza.
Já o presidente do Sindicato dos Bancários, José Ulisses de Oliveira, que esteve a frente da manifestação, deixou claro que foi uma paralisação de advertência e defendem melhores condições de trabalho. “A reivindicação da categoria é justa e não estamos fazendo campanha salarial”, diz, acrescentando que a população correspondeu às expectativas e aplaudiu a iniciativa dos dirigentes sindicais.
Ele lembra que a data-base dos bancários é no mês de setembro, quando será tratado o índice comum de reajuste para toda a categoria. “Neste momento, foi a oportunidade de criticar as longas filas, tarifas abusivas e lutar por mais contratações, melhores condições de trabalho e mais conforto para os clientes para que a gente, quando do momento da campanha salarial, que será nos meses de agosto e setembro, a tenhamos resolvido várias pendências existentes e que facilite as negociações no momento do Acordo Coletivo”, pondera.
Na Caixa, uma faixa afixada na fachada do prédio esclarecia a reivindicação da categoria em torno do Plano de Cargos e Salários (PCS) que, dentre outros pontos, destaca a exigência de teto salarial de R$ 3.700,00; piso salarial de R$ 1.244,00; avaliação cruzada; não ao limite orçamentário de 1%; não vinculação no saldamento Funcef e não vinculação de ações.
O diretor de Imprensa, João Sales, juntamente com outros diretores do Sindicato, estiveram visitando as dependências do prédio da Caixa para coletar assinaturas dos empregados no abaixo-assinado manifestando apoio as reivindicações da categoria.
Para finalizar, Valdisar Leandro, vice-presidente do Sindicato, falou que o retardamento foi significativo. “Foi nossa resposta a falta de negociação”, ressalta, destacando que o cliente é o motivo da existência do banco. “Exigimos melhor atendimento e novas contratações”, conclui.