A ganância sempre fala mais alto no Bradesco. O banco acaba de anunciar a obtenção de um lucro de R$ 5,831 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, mas mesmo assim insiste em reduzir o número de pessoal. Na última quarta 4, o Bradesco demitiu dois funcionários na agência de Apucarana, no Paraná.
O Sindicato dos Bancários de Apucarana (Seeb Apucarana) não tolera esse tipo de abuso praticado pelo banco e por isso protestou no dia seguinte contra as demissões efetuadas na agência da cidade.
A falta de bancários provoca sobrecarga de trabalho, mais filas aos clientes que faz uso dos serviços do banco, além de aumentar o quadro de desempregados na região.
Porém, o Bradesco, que gasta milhões em propaganda para limpar sua imagem perante a sociedade, não dá a devida importância aos problemas que envolvem seus funcionários. “Parece mesmo que é um banco de outro mundo, aonde só existe dinheiro e robôs para trabalhar cada vez mais e mais”, avalia Damião Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Apucarana.
Para Damião, as demissões demonstram, mais uma vez, que o Bradesco é anti-social. “É o único entre os grandes bancos do país que não concede o auxílio-educação aos funcionários, mesmo com toda pressão do movimento sindical bancário, conclui.