Em mais um Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública, em que o Conselho de Administração da empresa ficou de se reunir para discutir a abertura de capital, o Sindicato dos Bancários de Alagoas realizou, nesta quinta-feira (7), diversas manifestações na agência Gruta, mobilizando funcionários, clientes e usuários contra a proposta que desestatiza o banco.
O público reagiu indignado diante da notícia de que o Conselho de Administração da Caixa estava se reunindo para mudar o estatuto do banco e torná-lo uma Sociedade Anônima. Algumas pessoas usaram o som levado pelo Sindicato à manifestação para fazer o seu protesto, dizendo que o governo e a direção da Caixa não podem abrir o capital e nem privatizar a empresa sem autorização dos brasileiros. "Cada um de nós é dono desse banco. Ele é um patrimônio do povo", disse um dos usuários.
Durante toda a manhã diretores do Sindicato conversaram com os empregados da Caixa e a população, denunciando o desmonte que vem sendo feito no banco e as consequências que advirão caso ele seja transformado em S/A. "O maior prejuízo será para o povo, que não terá mais uma instituição voltada para o social, o desenvolvimento econômico e as políticas públicas", disse José Marconde, diretor do Seec-AL e funcionário da Caixa.
O diretor Ismael Monteiro, que também é membro da Comissão Nacional Executiva dos Empregados da Caixa, destacou também as implicações do projeto do governo para os funcionários, que já vêm sofrendo inúmeros prejuízos com o processo de reestruturação em andamento. "A abertura do capital, somada a reforma trabalhista que entrou em vigor, resultará em mais exploração dos bancários e perda de direitos", afirmou o dirigente citando alguns exemplos.
O Sindicato também levou a manifestação em defesa da Caixa 100% Pública para as ruas, estendendo faixas em frente aos sinais de trânsito. O objetivo foi dar o máximo de visibilidade ao movimento, além de ganhar o apoio e o engajamento das pessoas.