Funcionários de HSBC e Santander em 23 países estiveram mobilizados para cobrar das duas empresas a negociação e o estabelecimento de um Acordo Marco Global que garanta direitos básicos para os funcionários em todos os países em que essas empresas atuam. As manifestações fizeram parte de uma campanha mundial da UNI Sindicato Global, entidade sindical internacional que reúne trabalhadores do setor de serviços, para pressionar as duas empresas.
Ocorreram manifestações em Espanha, França, Índia, Austrália, Paquistão, Argentina, Brasil, Uruguai, Estados Unidos, Malasia e outros países. No Brasil, os bancários entregaram, no último dia 10 de fevereiro, cartas aos presidentes dos dois bancos cobrando o estabelecimento de negociações (veja mais aqui).
Na Malásia (foto), a entidade sindical NUBE, afiliada da UNI, levou cerca de 200 pessoas à matriz do HSBC no país para a entrega da carta. Mais de 750 trabalhadores assinaram o documento em apoio ao acordo marco global.
A criação de um acordo marco é importante para garantir princípios fundamentais em todos os países onde os dois bancos atuam, como o direito à sindicalização, o direito à negociação coletiva e o direito à organização sindical, sem retaliações, repressão e discriminações. Os trabalhadores também querem firmar compromissos buscando o respeito à legislação de cada país, o diálogo social permanente em todos os níveis e o combate às práticas antissindicais e à precarização do trabalho.
O HSBC se recusou a se encontrar com a UNI para discutir um acordo global. O Santander ainda não deu resposta quanto ao agendamento de uma reunião.
“Será um resultado excelente para os trabalhadores destes dois bancos se conseguirmos estabelecer um processo real de negociação por um Acordo Global. Esta é a receita para mudar o sistema bancário para o futuro e será algo positivo também para os lucros dos bancos”, afirma Oliver Röthig, secretário-geral da UNI Sindicato Global.