A chuva não impediu e os bancários da Zona da Mata e Sul de Minas de realizaram atividade nesta quinta-feira (10) dando inicio a Campanha Nacional de 2015 com o mote “Exploração não tem perdão”.
Acompanhados de um grupo teatral caracterizado de caveiras, percorreram agências bancárias do centro da cidade com faixas contendo os sete pecados do capitais dos banqueiros e distribuíram informativo sobre a campanha. Denunciaram os bancos por penalizar os bancários com demissões, sobrecarga de trabalho, metas abusivas e assédio moral e os clientes, com a cobrança de juros e tarifas altíssimas. Isso sem falar das horas perdidas em filas que é o resultado direto de muitas demissões e poucas contratações.
A Campanha dos Bancários não é apenas salarial, mas também por melhores condições de trabalho. Isso tudo reflete diretamente na vida dos clientes, principalmente, com relação ao atendimento e à segurança.
Somente em 2015, os bancos fecharam mais de 5 mil postos de trabalho. Enquanto isso, seguem lucrando muito e mesmo assim demitindo. Se existe crise, os banqueiros não sabem nem mesmo dizer ou desconhecem: os bancos lucraram no primeiro semestre deste ano R$ 29,8 bilhões, 20% mais que nos seis primeiros meses de 2014.
Já no Banco do Brasil e na Caixa, têm concurso, com milhares de aprovados. Só não têm convocação. Os trabalhadores vêm cobrando firmemente a chamada daqueles que podem diminuir o problema da falta de funcionários.
De acordo com o presidente do Sintraf JF, Robson Marques, a categoria vem sendo explorada cada dia mais e os bancos nada fazem para modificar esta realidade.
“Os bancários e bancárias passam por uma rotina estressante. Os bancos continuam com altos lucros, praticando o assédio moral e cobrando metas absurdas. Em plena crise – não só no Brasil – os banqueiros estão colocando no bolso cerca de R$ 30 bilhões de lucro e continuam oferecendo altas taxas e atendimento deficitário aos clientes, consequência do fechamento dos postos de trabalho, número reduzido de funcionários e um ambiente de pressão.” destaca Robson.
