Bancários da Paraíba divulgam números de ataques a bancos e cobram prevenção

Nesta quarta-feira (6), o Sindicato dos Bancários da Paraíba concedeu entrevista coletiva para apresentar os números da violência contra bancos na Paraíba, que bateu o recorde de ocorrências em 2015. Aos profissionais dos principais veículos de comunicação da Capital, os bancários pediram mais atenção à legislação que trata da segurança bancária no Estado, solicitando a aplicação da legislação pertinente e a punição dos que a descumprirem.

Foram apresentados números da violência apurados nos últimos cinco anos, além do mapeamento das modalidades de crimes e os 132 ataques a bancos nas quatro mesorregiões da Paraíba durante o ano de 2015. A maior parte das ocorrências foi de explosão, com 76 casos, que representa 57,58% das modalidades criminosas praticadas. O alvo preferido dos bandidos continua sendo o Bradesco, com 67 crimes, ou seja, 50,76% dos bancos atingidos.

Além das explosões, foram contabilizados este ano: 27 arrombamentos, 14 casos de saidinha de banco, 11 tentativas de arrombamento e quatro assaltos. Em comparativo com 2014, este ano já foram registrados 15 casos a mais de explosões do que todas as ocorrências do tipo no ano passado.

Sobre o banco com o maior número de ocorrências nos últimos cinco anos, o Bradesco lidera com 233 casos. Nesse período, apenas em 2012 sofreu dez ataques a menos que o Banco do Brasil.

Este 2015 o mapa da violência contra bancos na Paraíba, mostrou claramente que os crimes foram concentrados na Mesorregião da Mata Paraibana, com 56 ocorrências, seguidos de 49 investidas no Agreste, 17 na Borborema e 10 no Sertão.                              

Na Mesorregião da Mata Paraibana foram 56 crimes envolvendo bancos, sendo: 23 arrombamentos, 13 explosões, 11 saidinhas de bancos, oito tentativas de arrombamento e um assalto. A predominância das ocorrências aconteceu na Microrregião de João Pessoa, onde há a maior concentração de agências e pontos de atendimento bancário no estado, com 75% dos ataques. O Bradesco foi vítima de 21 crimes, seguido do Banco do Brasil com 14.  

 

Na Mesorregião do Agreste foram 49 investidas contra bancos em 2015, com destaque para a Microrregião de Campina Grande, onde aconteceram 16 casos, seguidos de 10 no Curimataú. Do total de crimes, 76% foram explosões a caixas eletrônicos. Aqui, o Bradesco também foi o alvo preferido dos bandidos, com 51% dos casos, seguido do Banco do Brasil, com 31% do total.

 

Na Mesorregião da Borborema dezesseis explosões e um assalto foram praticados durante o ano passado. Na Microrregião do Cariri foram praticados 76% dos crimes, com destaque para o violento ataque ao Banco do Brasil, que culminou com a explosão do cofre da agência Serra Branca, na madrugada de 25 de novembro, quando os bandidos sitiaram o pelotão da Polícia Militar e comandaram o terror.

 

Na Mesorregião do Sertão Paraibano foram explodidos nove caixas eletrônicos e feito um arrombamento. Todos os crimes foram praticados contra o Bradesco.

O presidente do Sindicato, Marcos Henriques, ressaltou que o número de crimes envolvendo bancos o ano passado poderia ter sido menor, caso as medidas legais tivessem sido postas em prática e contássemos com um aparato policial adequado qualitativa e quantitativamente.

“Temos uma legislação moderna, focada na prevenção da violência, que precisa ser posta em prática e sistematicamente fiscalizada, punindo os que descumprirem as leis de segurança. E também necessitamos de um policiamento preparado e em quantidade adequada à demanda. Por isso vamos continuar buscando soluções para os problemas da violência, especialmente as praticadas no segmento bancário”, concluiu Marcos Henriques.

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