Dirigentes sindicais questionaram PSO e cobraram qualidade de vida
O Sindicato dos Bancários da Paraíba se reuniu na terça-feira, dia 8, com uma representação do Banco do Brasil, em João Pessoa, para discutir a implantação da Plataforma de Suporte Operacional (PSO).
Pelo Sindicato, participaram os diretores Marcos Henriques (presidente), Jurandi Pereira, Francisco de Assis (Chicão), Magali Pontes e Paulo Henrique. O BB foi representado por Ronildo, Canindé, Marconi e Jackson.
Após ouvir as considerações dos representantes do banco, a diretoria do Sindicato elencou os principais questionamentos levantados pelo funcionalismo alvo do sistema PSO e também em outras localidades onde o processo já foi implantado.
Adesão por imposição
O Sindicato condenou a forma de adesão ao sistema PSO, onde os funcionários julgados “sem perfil de vendedor” são literalmente obrigados a mudar de prefixo, sob ameaça de perder a comissão.
Mobilidade
Os funcionários alocados na PSO se submetem a constantes mudanças de local de trabalho. Caixas volantes, eles passam pelo constrangimento de chegar ao trabalho diariamente sem saber onde é que vão atuar; situação que gera insegurança e fragilidade.
Perda de autonomia
Como o caixa volante é vinculado a outro prefixo, a agência não tem nenhuma responsabilidade com o funcionário, nem o gestor tem autonomia sobre o mesmo.
Deslocado
Ao chegar para trabalhar na unidade para a qual foi designado, o caixa volante fica totalmente deslocado. Por não ser conhecido pelos colegas da unidade, ele sofre o isolamento e, às vezes, passa pelo desconforto até de ser olhado com desconfiança.
Respostas do BB
Os representantes do BB afirmaram que as PSO foram criadas para melhorar a qualidade de vida dos funcionários. Eles informaram que não iria haver alocações constantes e que os funcionários que aderissem ao sistema iriam ter uma agência fixa para trabalhar, assegurando que o sistema vai propiciar uma melhor ascensão para os bancários envolvidos no processo.
Qualidade de vida
A diretoria do Sindicato argumentou que há muito tempo o BB não investe na qualidade de vida do funcionalismo e que a PSO vai apenas maximizar os lucros do banco, em detrimento do sacrifício dos bancários. “Se a direção do BB tivesse real interesse em melhorar a qualidade de vida do seu quadro de pessoal, contrataria mais funcionários e não permitiria a prática de assédio moral em suas unidades”, concluiu Marcos Henriques.
Dirigentes sindicais e representantes do Banco do Brasil voltarão a se reunir brevemente. Dessa vez, será em uma assembleia, com a participação ativa dos principais interessados no assunto: os funcionários.