Bancários da Caixa denunciam precarização do trabalho em Porto Alegre

Mobilização exigiu melhores condições de trabalho

Durante três horas, os trabalhadores da agência da Praça da Alfândega, em Porto Alegre, pararam nesta quinta-feira (20) para cobrar da Caixa Econômica Federal melhores condições de trabalho e o fim da precarização do trabalho. O ato fez parte do Dia Nacional de Luta na Caixa, que mobilizou bancários e bancárias de todo o país. O movimento, em Porto Alegre, contou com ampla adesão dos trabalhadores.

Uma das reivindicações diz respeito ao fato de que os bancários têm sofrido com a ampliação dos projetos públicos executados pela Caixa e demandados pelo governo federal. O aumento do volume de trabalho tem repercutido nas rotinas dos empregados do banco público federal.

“O que a Caixa tem feito para melhorar a vida das pessoas? Todos os projetos que têm uma função social são bons e têm o apoio dos trabalhadores. O que não aceitamos é que esta importante função dos servidores seja cumprida à custa de sofrimento”, disse a secretária-geral do SindBancários e empregada da Caixa, Rachel Weber.

Outra demanda é a falta de gente para trabalhar e a velocidade das contratações de empregados. “As contratações não acompanham o ritmo com que a Caixa desempenha seu papel social. A ajuda a quem precisa de um banco público não pode servir para ocultar a atuação como banco privado. Chega de metas abusivas, de assédio moral, de desrespeito. A Caixa tem que ser pública dentro e fora das agências”, disse o diretor do SindBancários e também empregado da Caixa, Tiago Pedroso.

Entre as reivindicações dos trabalhadores está a luta pelo fim da precarização do trabalho. Uma das preocupações está relacionada à tentativa de terceirizar muitos dos serviços prestados pela Caixa. O efeito dessa terceirização é reduzir direitos, com redução de salários e de conquistas históricas (Funcef, PLR, Saúde Caixa, férias, APIP, tíquete, cesta alimentação e outros benefícios).

A agência permaneceu fechada até o meio-dia. “Os bancários e bancárias, colegas aqui da Caixa, estão aqui fora porque não aguentam mais a falta de condições dignas de trabalho. Não aguentamos mais a imposição de venda de produtos como metas cada vez maiores que estão levando os colegas ao adoecimento. A nossa luta aqui está próxima das manifestações das ruas. Nós, os bancários, temos o compromisso de levar a nossa luta por direitos cada vez mais longe”, disse o diretor do SindBancários e também empregado da Caixa, Jailson Prodes.

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