Agências bancárias em todo o estado da Bahia amanheceram de portas fechadas, nesta sexta-feira (10/11). A manifestação faz parte do Dia Nacional de Mobilização pela revogação da reforma trabalhista, contra a reforma da Previdência e em defesa dos bancos públicos. Em todo o estado, 456 unidades estão paralisadas. A previsão é de que o expediente seja iniciado somente ao meio dia.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, os trabalhadores estão diante do maior ataque aos direitos dos últimos 70 anos. "Enfrentamos o poder econômico de grandes empresas que, através do governo Temer e deste Congresso Nacional, atacam toda a sociedade. Já fizemos duas greves gerais e três dias de protestos por todo o país. A nossa mobilização vai continuar. Lutamos pela dignidade do povo brasileiro", disse.
A nova Lei Trabalhista (Lei 13.467/2017), sancionada por Michel Temer em julho, passa a vigorar a partir deste sábado (11/11). A nova legislação modifica mais de 100 pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com a criação de várias formas de contrato, jornadas e de condições de trabalho. Na prática, a lei trabalhista dá total liberdade para as empresas rebaixarem salários, ampliarem à jornada de trabalho para até 12 horas e retirar outros direitos. Também restringe o acesso à Justiça do Trabalho (veja mais informações no infográfico e na Cartilha da Reforma Trabalhista, disponível no site da Contraf-CUT).
A reforma da Previdência, que aumenta o tempo de contribuição e a idade mínima para aposentadoria – 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) – também está na pauta dos protestos. Os bancários ainda alertam para o desmonte dos bancos públicos. O BB já fechou mais de 500 agências em todo o país em menos de 1 ano. Já a Caixa, pode ser privatizada. A informação é de que o presidente Temer deve anunciar a venda ainda neste ano.
