Trabalhadores rejeitaram proposta de 0,58% de aumento real da Fenaban
Em assembleia realizada na quarta-feira (12), como já era de se esperar, a categoria rejeitou a proposta de 6% de reajuste salarial apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) no dia 28 de agosto, após quatro semanas de negociação, e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (18), além de nova assembleia na segunda-feira (17) para organizar a paralisação no Estado. Os bancários assumiram ainda o compromisso de mobilizar os colegas para que o movimento já comece forte na Bahia.
De acordo com o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que participa do processo negocial, a indicação do Comando Nacional de aprovar a paralisação com antecedência, tem dois objetivos. Um é cumprir as determinações legais de antecedência de 72 horas, para que o banco não tente entrar com dissídio contra a greve, e o outro é ampliar o canal com a população, conquistando mais apoio e assim pressionar os bancos.
“A radicalização é necessária para desmascarar os banqueiros, que adotaram o discurso de que não é possível conceder aumento real por conta da redução dos juros imposta pelo governo federal. O que é um verdadeiro absurdo, pois a medida beneficia a população e não afeta o rendimento das empresas, que é cada vez mais bilionário”, completa.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes Neves, a hora é de lotar as assembleias e ampliar a unidade para que o movimento permaneça forte até o fim. “Temos que fazer uma grande mobilização para arrancar o máximo de benefícios dos bancos e garantir direitos”.
O deputado estadual e bancário Álvaro Gomes reforça que este é o momento mais importante do ano para os trabalhadores do setor financeiro e que se trata de uma ação nacional, da qual todos devem participar. “Os únicos responsáveis pela greve, última alternativa, são os próprios bancos. Vamos fazer uma paralisação forte e combativa”.