Bancários cruzam os braços nas principais concentrações de São Paulo

Presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, presente nas manifestações

Os trabalhadores não se intimidam diante do silêncio dos banqueiros e fortalecem a greve nacional da categoria paralisando, além das agências, algumas das maiores concentrações dos bancos em São Paulo. Quase 36 mil bancários de 758 locais de trabalho, sendo 23 concentrações, aderiram ao movimento nesta terça 11, décimo quinto dia de mobilização.

Clique aqui para ver as imagens do 15º dia de greve.

Além de vários prédios administrativos do Banco do Brasil e da Caixa Federal, os bancários cruzaram os braços novamente no Centro Administrativo Brigadeiro, CPSA, CAU e CTO, do Itaú Unibanco; em Alphaville, uma das maiores concentrações do Bradesco; e no Casa 1, do Santander. Nesses locais trabalham mais de 15 mil pessoas, entre bancários e terceirizados, responsáveis pela execução de operações essenciais para os bancos.

“A nossa luta é justa e vamos continuar ampliando a mobilização enquanto a intransigência dos banqueiros continuar a crescer”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

“Os bancos brasileiros, campeões na cobrança de juros, se superaram. Apesar da queda na Selic, aumentaram ainda mais o spread bancário que chegou a 27,8%. Somam seus lucros, às custas da sociedade, mas na hora de retribuir com contratações e melhorar o atendimento dizem não”, destacou.

No Centro Administrativo (CAU) e no Centro Tecnológico Operacional (CTO), ambos do Itaú Unibanco, a prática de contingenciamento continua. Helicópteros transportando trabalhadores e obrigando-os a furar a greve eram vistos cruzando o céu durante toda a manhã, numa demonstração de prática antissindical do banco.

O mesmo acontece no prédio da Patriarca, no centro da cidade, que também está parado. O banco, inclusive, está operando pousos e decolagens em locais sem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O Sindicato já denunciou a prática à Anac e à Defesa Civil.

Novamente, para aderir ao movimento, os trabalhadores, especialmente no Casa 1 e da agência da 15 de Novembro, ambos do Santander, tiveram de superar a pressão do banco e a presença intimidatória da Polícia Militar.

Ato na Patriarca

Diante da intrangiência dos banqueiros, os bancários fizeram um ato na Praça do Patriarca. Vestidos de vermelho, os manifestantes cobraram a retomada das negociações e mais valorização.

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