Estranhamente, na última quinta-feira (10), o Diário Oficial do Distrito Federal publicou a aprovação pelo GDF do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do Banco Regional de Brasília (BRB). A estranheza decorre do fato de que o rito ‘normal’ é a aprovação pelo Conselho de Administração (Consad) e depois pelo GDF.
Ocorre que o Consad ainda não se manifestou sobre a matéria, invertendo a lógica de governança que deveria permear as relações institucionais entre os órgãos acima citados.
Este é mais um capítulo do atropelo que se tornou a finalização da discussão acerca do PCCR do BRB, que demonstra uma falta de sintonia entre o banco, seu conselho de administração – cujo presidente é o secretário de Fazenda do GDF -, e o seu controlador.
Indiferente a isso, o Sindicato dos Bancários de Brasília cobra do banco resposta para as questões ainda em aberto para que o PCCR possa ser apreciado em assembleia, pois conforme decisão da assembleia de 2 de maio, a apreciação só ocorrerá quando os funcionários tiverem respostas sobre o piso dos analistas de Tecnologia da Informação (TI), a data de implantação do novo plano, o valor do abono, e ainda correções nas trilhas de encarreiramento, conforme o Sindicato tem reiteradamente apontado.
Reunião
“Solicitamos reunião com o banco com a finalidade de buscarmos estas respostas, pois, independentemente de aprovação pelo Consad ou GDF, o Sindicato só levará este assunto à assembleia quando o banco apresentá-las. Nossa negociação é com o banco, e esta burocracia não interessa aos funcionários”, afirma o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno, também bancário do BRB.
“Este trâmite burocrático deve ser feito pelo banco, após apresentar proposta concreta aos funcionários, através do Sindicato. O que os funcionários querem é compromisso assumido em mesa, e que o banco ao assumi-los faça o que for necessário para que os órgãos competentes os acatem”, finaliza a secretária de Assuntos Parlamentares do Sindicato, Cida Sousa, que também é bancária do BRB.