A segunda rodada de negociações específicas no Banpará na Campanha Nacional 2010, realizada na tarde de segunda-feira 13, na matriz do banco, em Belém, felizmente trouxe novos avanços para o funcionalismo da instituição.
Participaram desta reunião na representação dos trabalhadores Rosalina Amorim, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá; Antônio Pirotti, secretário de assuntos socioeconômicos da Contraf-CUT; Vera Paoloni, diretora da Fetec-CN; e as diretoras do Sindicato Érica Fabíola e Heidiany Moreno.
“O Banco do Estado do Pará segue se diferenciando das negociações com a Fenaban, pois tem apresentado respostas às reivindicações da categoria e, felizmente, estamos avançando cada vez mais nesse processo de negociações específicas aqui no Banco nesta Campanha Nacional 2010”, afirma Rosalina Amorim, presidenta do Sindicato e membro do Comando Nacional dos Bancários.
A próxima rodada de negociação será no dia 20 de setembro, às 14 horas, quando serão abordadas as cláusulas econômicas, além de concluir o debate sobre as cláusulas de segurança e condições de trabalho.
Entidades entregam documento à governadora Ana Júlia
Após a reunião, os representantes da categoria na mesa de negociação com o Banpará foram ao encontro da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, em um evento na Associação Comercial do Pará, para entregar um documento assinado pelo Sindicato dos Bancários PA/AP, Fetec-CN e Contraf-CUT, intitulado “O Banpará que queremos: forte como seu povo” (clique aqui para ler o documento ), com propostas para fazer do Banpará um banco cada vez mais público, democrático e voltado para o fomento ao desenvolvimento do Estado. O documento foi construído em agosto desse ano, durante o Seminário do Banpará.
“O Banpará continuará público e fortalecido, pois esse é o nosso projeto de governo”, comentou a governadora Ana Júlia ao receber o documento das entidades, reafirmando seu compromisso em não privatizar ou federalizar o Banco do Estado em sua gestão frente ao governo do Pará.
Veja a seguir um resumo desta segunda rodada no Banpará:
1.SALDO CAFBEP – As entidades cobraram resposta sobre o que será feito do saldo da CAFBEP e o banco apresentou o fluxo, comprometendo-se com a proposta de que a destinação do saldo será debatida com o funcionalismo, Sindicato, Fetec-CN e Contraf-CUT.
2. AUXÍLIO CRECHE DOBRADO – Em relação ao auxílio creche para filhos e dependentes de funcionários portadores de deficiências, a reivindicação das entidades era de R$ 1.020,00. Banco contrapôs dobrar o auxílio creche, hoje na casa dos R$ 207,95 por dependente, e que o benefício se estenda durante todo o tempo necessário.
3. CONCORRÊNCIA SELETIVA – As entidades reconheceram que hoje existe processo seletivo, mas há necessidade de ampliar a transparência e divulgação dos critérios objetivos. Sindicato, Fetec-CN e Contraf-CUT propuseram que os critérios para cada concorrência seletiva tenha ampla divulgação de cada etapa e que o funcionário seja informado, por e-mail, sobre a sua pontuação obtida em cada fase da seleção.O Banco concordou com a proposta.
4. RESSARCIMENTO DE DESPESAS MÉDICAS – A representação dos bancários reivindicou que os dependentes de funcionários portadores de deficiência sejam ressarcidos de despesas médicas, quando ultrapassar a quantidade prevista anualmente pelo plano de saúde. O Banco irá analisar a demanda e responderá na próxima reunião.
5. PLANO ODONTOLÓGICO – O Banco informou que já está fazendo a cotação de preços de planos odontológicos, adiantando que o posicionamento da diretoria é que o custo do plano odontológico seja repartido meio a meio entre empresa e funcionalismo. As entidades aguardarão o resultado da cotação para voltar ao tema.
6. TERAPIAS HOLÍSTICAS – A reivindicação do Sindicato, Fetec-CN e Contraf-CUT é que o benefício seja extensivo ao interior do Pará e com ampliação de atendimentos por mês, atualmente na casa de 200 atendimentos para todas as terapias. Banco informou que está cuidando da ampliação para os pólos de Marabá, Castanhal e Santarém.
7. REESTRUTURAÇÃO DO SESMT – Entidades reivindicaram ampliação do setor, com desmembramento da área de Recursos Humanos. O Banpará informou que já deslanchou processo nesse sentido.
8. ABONO ACADEMIA – O Banco não concorda com o valor de R$ 70,00 para este abono, e contrapropõe firmar contrato/convênio com academias e obter descontos.
9. RESSARCIMENTO DE MEDICAMENTOS – O Banpará não concorda com o ressarcimento, mas acolheu a proposta das entidades de fazer estudos para intermediar e baixar o valor dos medicamentos junto à rede credenciada.
10. DELEGADOS SINDICAIS – As entidades reivindicaram a estabilidade de dirigente sindical para os delegados e delegadas sindicais, e que os postos de serviço distantes das sedes também tenham o delgado sindical, como por exemplo, em Anapú, cuja base é a agência de Altamira. O Banco acolheu a reivindicação e dará sua resposta na próxima reunião.
11. POSSE DAS CHAVES – As entidades reivindicaram que o Banco dedique a posse das chaves das agências para empresas especializadas em segurança bancária, e informaram que a Caixa Econômica Federal já adota esse procedimento, inclusive nas agências do interior do Estado. O Banco aceitou a proposta, informou que esse procedimento já é feito em Belém, e que fará um levantamento junto à Caixa sobre as empresas que prestam esse serviço nos municípios do interior, para que o Banpará venha a adotar esse mesmo procedimento em todo o Estado.