O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte esteve presente nesta segunda-feira (30), na agência do Itaú, no bairro Renascença, na capital mineira, que foi arrombada nesta madrugada por bandidos que usaram explosivos para roubar os caixas eletrônicos.
Ao encontrar uma grande quantidade de vidros quebrados no local, o Sindicato imediatamente exigiu que os funcionários presentes fossem transferidos para outras agências devido à falta de segurança e às condições precárias de trabalho. Cobrou também que o banco garantisse o retorno dos trabalhadores somente após a reparação dos danos causados.
Os representantes dos bancários exigiram ainda que o banco interditasse os caixas eletrônicos e aumentasse o número de vigilantes no local, já que provisoriamente a agência estaria funcionando com tapumes e a previsão da fabricação de novos vidros para substituição poderia demorar até 30 dias.
Para o funcionário do Itaú e diretor do Sindicato, Ramon Peres, o Sindicato representado pelo diretor Leonardo Fonseca, que participa do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, tem cobrado das autoridades durante as reuniões da CCASP (Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada), que os bancos cumpram as exigências previstas nas leis (federal nº 7.102/83, estadual nº 12.971/98 e municipal nº 10.269/11).
As leis exigem que, além da instalação de portas giratórias de segurança com detectores de metais, cabines blindadas e alarme com comunicações diretas nas centrais de polícia, os bancos também instalem vidros laminados resistentes a disparos de armas de fogo para reforçar a segurança dos funcionários, clientes e vigilantes das agências.
“O Sindicato fechou a agência e exigiu o reparo imediato para garantir a segurança dos trabalhadores e clientes da agência. Não vamos permitir que os funcionários do Itaú sejam obrigados a trabalhar sem condições de trabalho e iremos acompanhar até que a agência ofereça segurança para ser reaberta” , ressaltou Ramon.
Já para o funcionário do Itaú e diretor do Sindicato, Kennedy Santos, o sistema de alarme pode ter falhado ou estaria desligado. “Tivemos a informação de que foi um vizinho que mora em frente à agência que acionou a polícia sobre a ocorrência. Vamos apurar se o sistema de alarme estava desligado. Já constatamos em outras agências que passaram por reforma, que o alarme estava desligado, sendo que o banco teve que instalar imediatamente após denúncia do Sindicato. Não vamos permitir que as agências do Itaú funcionem sem alarme durante as reformas”, afirmou Kennedy.