O Banpará não foi o único a desmarcar a negociação da mesa permanente com a categoria bancária e suas entidades representativas por “motivos de força maior”. O Banco da Amazônia também seguiu a mesma linha e cancelou a reunião que deveria ter acontecido no dia 28 de abril.
Para reivindicar a reabertura imediata das negociações com o banco, o Sindicato dos Bancários do Pará foi à frente da agência matriz na sexta-feira, dia 6, para protestar e deixar bem claro à categoria e à população paraense que o Banco da Amazônia mais uma vez não cumpriu com as suas promessas.
“Estamos cansados de enrolação e de tamanha falta de respeito. A reunião desmarcada estava agendada desde o dia 1º de abril e foi reafirmada pelo Sindicato, mas infelizmente o Banco da Amazônia não levou isso em consideração e cancelou a reunião horas antes de a mesa ser instalada”, ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Com o cancelamento da mesa de negociação, assuntos de extrema importância para o funcionalismo deixarão de ser deliberados, como o PCCS, que conforme o acordo trabalhista já deveria ter uma mesa específica desde o mês de março, fruto da última Campanha Nacional da categoria. Além do pagamento de 1/3 constitucional de férias, o Comitê de Recursos Humanos e o reembolso do Plano de Saúde.
“Esse é apenas o primeiro ato público que estamos fazendo e, enquanto não obtivermos resposta, mais protestos virão. O Banco da Amazônia precisa aprender a respeitar seus trabalhadores e sentar-se à mesa para negociar com as entidades sindicais”, argumenta o vice-presidente da Fetec-CN e do Sindicato, Sérgio Trindade.
Para participar da reunião que não aconteceu, outras entidades sindicais vieram de diferentes estados à Belém, como a Contraf-CUT, representada pelo secretário de organização, Miguel Pereira, e o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Amapá, através do presidente Edson Gomes.
