Bancários cobram prevenção contra ataques a bancos no Rio Grande do Sul

Bancários em audiência com secretário adjunto da Segurança Pública

O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, a Fetrafi-RS e a Contraf-CUT foram recebidos na manhã desta quinta-feira, dia 26, em audiência pelo secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, Juarez Pinheiro, na capital gaúcha, para discutir ações de prevenção contra os ataques a bancos. No ano passado, ocorreram quatro mortes no Estado em assaltos envolvendo bancos, sendo três em crimes de “saidinha de banco”.

Participaram o diretor do Sindicato e da Fetrafi-RS, Lucio Mauro Paz, e o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

Os dirigentes sindicais apontaram a necessidade de combinar ações de segurança pública com medidas de segurança privada, que são de responsabilidade dos bancos. “Precisamos de políticas públicas, mais policiais e viaturas nas ruas e ações integradas de inteligência para proteger a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários”, afirmou Lúcio.

“Os bancos também precisam investir mais em segurança, instalando portas de segurança, câmeras internas e externas, vidros blindados nas fachadas e garantindo privacidade aos clientes, através de biombos em frente aos caixas e divisórias individualizadas e opacas entre os caixas, inclusive os eletrônicos”, disse Ademir.

Pinheiro, ex-vereador do PT de Porto Alegre e autor da lei das filas nos bancos, disse que o governo está implantando o Programa Estadual de Segurança Pública com Cidadania, o RS na Paz, com ações de prevenção, transversalidade e gestão. “Trata-se de um conjunto de políticas públicas, baseadas no diálogo entre ações sociais e policiais”, explicou.

O secretário adjunto convidou os bancários a levar as propostas da categoria para a reunião em março do Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul (GGI/RS), órgão deliberativo, consultivo e executivo, que tem como função estimular o desenvolvimento de projetos que cooperem com a segurança pública.

Segundo Pinheiro, a GGI também compete a integração entre o governo do Estado e a Secretaria Nacional de Segurança Pública; identificação de fatos que influem na criminalidade e violência, elaborar instrumentos para a implantação de ações preventivas, qualificação policial, a modernização da gestão do conhecimento; e desenvolver propostas de políticas de direitos humanos, entre outras.

O GGI reúne representantes da SSP, Polícia Civil, Brigada Militar, Polícia Federal, Poder Judiciário, Ministério Público, Comissão de Direitos Humanos e Defesa Civil, dentre outras instituições. As reuniões ocorrem mensalmente.

Os bancários aceitaram o convite. “Vamos levar dados, informações e propostas dos trabalhadores para melhorar a segurança nos bancos e prevenir assaltos e sequestros”, adianta Lúcio. “Trata-se de mais um espaço importante que se abre para a atuação do movimento sindical e o diálogo com o governo e a sociedade, na busca de soluções para os problemas de insegurança”, ressalta.

“Vamos propor também a retomada do Grupo Interinstituicional de Trabalho de Segurança Bancária, com o objetivo de discutir políticas específicas para combater os ataques a bancos”, reforça Ademir.

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