A UNI Américas Finanças encaminhou à direção do Santander na Espanha uma carta, reiterando a solicitação para abrir negociações visando constituir uma coordenadora mundial e assinar um acordo marco global. A correspondência foi aprovada e assinada na quarta-feira (7), durante a reunião da Rede Sindical do Santander, em Santiago, no Chile, com a participação de dirigentes sindicais do Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia, México e Espanha.
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Trata-se de uma carta-resposta enviada ao diretor de Relações Laborais do Santander na Espanha, Juan Gorostidi, que recebeu uma delegação de sindicalistas da América Latina e Espanha, no dia 26 de outubro, na Cidade Financeira do Santander, nas proximidades de Madri.
Na ocasião, foi entregue para Gorostidi um documento, reforçando a proposta das entidades sindicais no Comitê de Empresa Europeu pela formação de uma coordenadora mundial e pela abertura negociações com a UNI Finanças para firmar um acordo marco global, bem como a assinatura da mesma declaração conjunta firmada na Europa por vendas responsáveis de produtos e metas realistas.
O executivo, no entanto, enviou ofício no final de novembro para dirigentes sindicais do Chile e Argentina, dizendo que não considerava oportuno e necessário firmar um acordo global.
“Está na hora de o Santander valorizar os trabalhadores de todo mundo. Só a América Latina participa com 45% do lucro mundial do banco espanhol. O Brasil contribui com 25% do resultado, mas as demissões não param e houve corte de 1.636 vagas até setembro deste ano”, destada Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT. “Queremos negociar um acordo global para garantir direitos básicos para todos os trabalhadores que produzem a grandeza do Santander”.
Na carta, os dirigentes sindicais destacam que a decisão do banco de negociar importantes ativos na América Latina para capitalizar a matriz na Espanha foi vista com enorme preocupação pelos trabalhadores. Na quarta-feira, o banco divulgou a venda de 95% do Santander Colômbia, após ter anunciado a venda de ações no Brasil e no Chile.
“Esperamos um posicionamento favorável de Gorostidi”, projeta Ademir. No entanto, caso não haja uma resposta satisfatória e se for necessário, as entidades sindicais encaminharão essas propostas para José Luis Gómez Alciturri, diretor de Recursos Humanos de Grupo Santander.
Ainda não havendo uma resposta satisfatória para as demandas apresentadas, os representantes dos trabalhadores participarão da próxima Assembleia Mundial de Acionistas do Santander, na Espanha.