A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram com a Fenaban na segunda-feira (29) para avaliar o instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, que completou 5 anos em janeiro. A avaliação semestral do instrumento está prevista na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Durante o encontro, foram apresentados alguns dados estatísticos, referentes ao segundo semestre de 2015. Do total de denúncias encaminhadas pelo instrumento, foram mais de 1100 ocorrências. A Contraf-CUT reivindica a estratificação das denúncias feitas por meio dos canais internos dos bancos. “Precisamos saber dos bancos quais os tipos de denúncias que transitaram pelo instrumento, se são denúncias que vão de um ar-condicionado quebrado, problemas com jornada de trabalho, problemas no ambiente de trabalho e, claro, assédio moral”, explica o secretário de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale.
Segundo ele, os dados apresentados pelos sindicatos permitem maior acompanhamento das denúncias de assédio moral. Mesmo assim, na reunião anterior, realizada em dezembro passado, foram detectadas várias falhas no trânsito da denúncia encaminhada pelos sindicatos acordantes até o retorno a ser dado pelos 10 bancos signatários do instrumento.
A Contraf-CUT apresentou ainda reivindicações que visam a melhoria do instrumento e que se justificam por conta da experiência acumulada, tanto dos sindicatos signatários, quanto dos bancos, após cinco anos de vigência do Instrumento.
Entre as sugestões estão a redução de prazo de resposta: dos atuais 45 dias para 30 dias; a explicitação das decisões tomadas pelos bancos – tanto para o trabalhador que fez a denúncia, bem como para o denunciado; a estratificação das denúncias encaminhadas pelos canais internos dos bancos; a concorrência entre os canais dos sindicatos e os canais internos.
A Fenaban se comprometeu a levar as propostas aos bancos. O retorno será apresentado próxima mesa de negociação, prevista para o dia 05 de maio. “A negociação com a Fenaban foi positiva, os dados do instrumento foram apresentados, recolocamos as nossas propostas para o aprimoramento do programa e agora o setor patronal precisa dar respostas ao que foi reivindicado”, finalizou Walcir.